quinta-feira, 7 de abril de 2016

A morte prematura de um “ser aparentemente normal”

Manuel tinha 27 anos
“Um Aventureiro, aspirante a Escritor e Poeta com obra a publicar futuramente... Sou Eu!” era assim que se apresentava Manuel Sebastião de Almeida, o jovem de 27 anos que foi encontrado sem vida nas águas da albufeira de Castelo do Bode.
Manuel desapareceu na terça feira, dia em que familiares encontraram o seu telemóvel, roupas e cartão do cidadão junto à margem do Castelo do Bode no lugar de Casa Nova, Bugarrel, Serra de Tomar.
Os bombeiros de Tomar iniciaram buscas na água e o corpo foi encontrado hoje. Tudo aponta para que se tenha suicidado.
A viver ultimamente em Lisboa, Manuel Sebastião estava a passar umas curtas férias em casa dos seus pais naquela aldeia.
Era um apaixonado pela literatura, sobretudo pela poesia.
A sua presença na internet começa em 2008 com a criação do blogue desabafosdeumtipoanormal.blogspot.com onde se apresentava como “um tipo anormal, no seu mundo, na sua caverna escondido! A viver uma paixão platónica! O amor é a verdadeira treta!”. Esse blogue só durou um ano.
Em 2014 criou outro blogue, o “Pensar, Reflectir, Imaginar e Sorrir Sempre!” onde assinava como Almeida de Sebastião.
Em março de 2015 criou a página no facebook “a pacata existência de um ser aparentemente normal” onde publicava excertos do seu primeiro romance. A intenção era aguçar do apetite literário dos leitores. Nos últimos posts anunciava que a obra estava em revisão.
Há poucos anos participou numa coletânea nacional de antologia poética.
Em novembro de 2015 venceu o concurso "Eu conheço a União Europeia", promovido pela Biblioteca Municipal de Ferreira do Zêzere. O prémio foi uma viagem, estadia e visita ao Parlamento Europeu, patrocinada pelo eurodeputado Carlos Coelho.
No facebook surgem as primeiras mensagens de homenagem como a que escreveu Paulo Alcobia Neves: “o Manuel deixou-nos hoje. Era um miúdo diferente, especial porque com princípios e valores que, infelizmente são excepção quando deviam ser regra. Da última vez que falámos disse-me que estava a escrever um livro e convidou-me para fazer o prefácio. Foi voluntário nos bombeiros, foi o meu braço direito no Congresso de Tomar. Guardo dele a imagem de uma alma generosa e pura. Custa muito ver partir um jovem assim!”.

1 comentário:

  1. Era alguém diferente sem dúvida... Mas uma boa alma. Lamento profundamente este triste desfecho. Que tenha eterno descanso. Os meus pêsames à sua família.

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