quinta-feira, 24 de março de 2016

Hugo, o discreto vice (parte II)

Opinião

Uma vez que, no início do ano, as vicissitudes da governação autárquica guindaram Hugo Cristóvão ao segundo lugar da hierarquia municipal, numa espécie de "Deus escreve direito por linhas tortas" já que é conhecida a animosidade de Anabela Freitas para com este jovem autarca, decidi, naquela ocasião, escrever uma leve crónica sobre o potencial deste novo vice-presidente. Vistas bem as coisas, se não fosse a tal animosidade, a roçar o receio, por parte da responsável máxima pela autarquia, ter-se-iam poupado muitos incómodos se Hugo Cristóvão tivesse, desde o início, integrado a equipa socialista no lugar que lhe competia: número dois!
Dizia na ocasião que se tratava de alguém da nova geração, com domínio das novas tecnologias, gosto pelas viagens, cosmopolita, boa figura, enfim, moderno!
Dois meses volvidos da sua nomeação neste importante cargo, as previsões foram confirmadas.
A discrição que emprestou ao exercício destas funções, a capacidade de ouvir os outros, o pensar antes de agir, são caraterísticas bem demonstrativas da maturidade deste autarca.
Sabemos que o palco autárquico é estreito e Hugo Cristóvão sabe isso melhor do que ninguém. Assim sendo, tem mantido aquele respeitoso passo atrás relativamente à líder em cena.
Novamente nesse importante certame que é a FrEEE - Feira de Educação, Emprego e Empreendedorismo, o novo vice deu mostras da sua enorme capacidade de organização, motivação dos diferentes atores participantes no evento, presença permanente sem aquele cunho impositivo caraterístico de quem procura protagonismo mais pela imagem do que pelo trabalho.
Como tínhamos augurado, esta 2.ª edição da FrEEE foi um retumbante sucesso, sem que para isso fosse necessário mobilizar os meio de propaganda do município, que apesar de publicitarem a coisa, entretiveram-se a amplificar aspetos menores da vida municipal, numa atitude que permite questionar se o facto de se tratar de evento da responsabilidade do vice não ter direito a foros de primeira página...
O interessante de verificar é que o PS, contrariamente ao que aparenta o anémico PSD, apresenta um naipe de jovens quadros, do partido ou próximo deste, de qualidade muito apreciável.
Sem querer repisar o nome de Ivo Santos, imaginemos a capacidade de gestão instalada no município,  se este fosse o seu número um e Hugo Cristóvão o seu número dois. Alguns duvidarão da capacidade desta dupla ganhar eleições, apostando antes em quem está, muito naquela ideia de que a imagem da atual autarca garantirá o apoio eleitoral dos tomarenses para uma vitória. E isso até poderá ser verdade. No entanto, se assim for, será novamente à custa das melhores soluções governativas para a nossa autarquia.
Conclusão, temos vice!
                                                         José da Silva

5 comentários:

  1. No cargo de Vereador é dos melhores que passou pelo Município desde à muitos anos... Sabe ouvir(coisa rara nos muitos que passaram pelo município até hoje) e decide quando tem de decidir....

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  2. Enfim, comentário completamente descabido da realidade, não no que diz respeito aos possíveis méritos do autarca, mas relativamente ao resto.

    - A FrEEE foi sugerida, desenvolvida e apresentada em sede de Conselho Municipal da Juventude pela Juventude Popular, que desenvolveu a ideia de forma autónoma. Quem anda minimamente informado acerca da política local sabe disso, tal como também sabe que não pode valer tudo na apropriação de ideias alheias;

    - Considerar que a JSD não tem um bom naipe de jovens quadros é ter uma total ou absoluta ausência de conhecimento de causa. Há na JSD jovens licenciados, experientes e com vontade de trabalhar e puxar pelo Concelho.

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  3. Esta de o PSD ter um “naipe” tem a sua piada. Tanto quanto se sabe aquilo é um bando de betinhos e broncos.
    Começa logo pelo cabecilha de turno. Um menino a quem o padrinho – o Relvas – arranjou um tachito lá na segurança social em Lisboa. Procura dar ares de maturidade, até dá entrevistas como se soubesse do que fala, mas aquilo soa a falsete. Falta ali, digamos assim, alguma cultura, daquela mesmo normal.
    Acompanham o menino, mais meninos. Um é tratorista, regente agrícola, engenheiro agrónomo (não core, Sr. Vereador). E mais uns cavalheiros que foram apeados pela Anabela aqui há tempos.
    Agora, mais recentemente, anda por aí um que tem um lar no Castelo do Bode. Este funciona assim: como já teve um emprego lá em Lisboa acha que cá na província temos é de estar gratos por ele se dignar olhar para nós. É melhor a gente nem se pronunciar sobre as relações laborais lá no larzinho, não vá o povo pensar que é para fazer cá fora o que se faz por lá.
    Deus Nosso Senhor nos proteja.

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  4. Na mouche!

    Gosto deste jovem e digo porquê?
    Mas antes, as insuficiências. Eu gostaria imenso de votar nele, ou até de o apoiar activamente, (cartazes, bandeirinhas e assim) pelo que soubesse do seu programa político. E antes do programa, do seu diagnóstico sobre o estado do Concelho. Mas isso ele não dá, nem pode dar, provavelmente porque não tem. Também não dá porque se desse era logo por aí que começaria a levar porrada. E isso desvaloriza qualquer candidatura, seja ao que for.
    Tem de se ficar pela presença. E isso ele tem. Está presente no PS e enquanto os espertos, tipo Alexandre e depois Luís Ferreira vão passando e protagonizando, e o ignoram na convicção de que ele é manso, ele fica e vai ficando. Está presente na câmara e está presente em tudo para que o convidam. E tem uma presença simpática. Quando se conversa com ele somos ouvidos, mas fica-se com a convicção de que ele também tem para dizer, mas não se impõe. É culto sem ser pedante.
    Se dentro daquela espécie de geringonça que é o PS houver alguém com um mínimo de capacidade de análise e entendimento de personalidades saberá que é neste jovem que devem apostar. Sem hesitações. Ele vale pelo que é, apesar de ser do PS, vejam se entendem.
    Agora essa de estar já a fazer uma lista que o coloca como número dois daquele excedentário desenquadrado do Ivo Santos… por amor da santa!

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