segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O Pacto Molotov-Ribbentrop

Opinião
A excelente crónica "O "homem soviético" e a respetiva mentalidade", do António Rebelo, levou-me numa breve incursão pelo comunismo e já agora sobre os comunistas...
Vai daí, lancei a seguinte interrogação: Serão os comunistas estúpidos?
Calma, a resposta imediata é: Não!
É óbvio que entre outras coisas não queremos faltar ao respeito a ninguém e muito menos perder de uma assentada cerca de 10% da nossa audiência, ainda que este valor esteja com tendência para descer...
Mas então porque se lança uma pergunta assaz provocadora?
Pela simples razão que os comunistas (já agora os de índole soviética), ao longo da sua história de cem anos, têm uma tendência dramática para celebrar acordos catastróficos para as comunidades, povos e para o mundo!
Será que já foi esquecido o Acordo Molotov-Ribbentrop? Sim, aquele tratado pelo qual a Rússia comunista (soviética…) acordava com a Alemanha nazi não se agredirem, assistindo impávida à destruição da europa até que ela própria se viu agredida pelo seu parceiro de pacto num desenlace trágico para milhões de seres humanos. E o que dizer da circunstância fantástico dos comunistas terem conseguido triunfar com a ajuda daqueles que ideologicamente combatiam (e continuam a combater...).
Mas porque fizerem isto? Haverá seguramente profundas teses histórico científicas, no entanto, a coisa pode-se resumir a simples calculismo e ganância.
A ideologia comunista propõe causas e valores que até podiam ser considerados universais. Já a prática comunista e particularmente a prática soviética é outra coisa completamente diferente. É a diferença entre a cartilha e os homens...
Os homens acabam por andar quase todos ao mesmo, independentemente da capa que envergam ser um fato de marca ou calça de ganga e blusão de cabedal surrados...
Por exemplo, como interpretar o acordo celebrado entre os comunistas e o PS (aqui diz-se PS e não socialistas porque verdadeiramente socialistas deviam ser os comunistas... que afinal até pode ser que tenham um saudoso tique soviético…) para viabilizar o designado "governo de esquerda" liderado pelo PS? Visto de fora parece ter tudo para correr mal para o lado dos comunistas e, como noutras circunstâncias históricas, correr mal para milhões de pessoas.
Parece pessimismo? Discurso reacionário de direita? Talvez assim seja, pelo menos na perspetiva dos tais 10% aos quais acrescem os seus improváveis amigos PS e ainda os mais que prováveis inimigos com designação de qualquer coisa de esquerda. A dita maioria!
Bem, pelos vistos resta-nos aguardar fazendo figas para que o pacto dos comunistas desta vez dê sorte e o país se safe.
Então e em Tomar?
Em Tomar passa-se o mesmo!
Sabendo-se que o que é história são pactos celebrados entre comunistas e seus "amigos", por que razão é que em Tomar não haveríamos de ter também um pacto Molotov-Ribbentrop?
Contrariamente ao pacto comunista celebrado para o governo do país em que uma ténue réstia de sorte nos pode sorrir, em Tomar resta-nos aguardar pela repetição da aurora do dia 22 de junho de 1941...
Alto preço a pagar pelo calculismo e ganância duns quantos!

Nota:
No que a Tomar diz respeito, desenganem-se aqueles que pensaram que a crónica se reportava ao passado recente. Nesta terra, o "Pacto Molotov-Ribbentrop" redesenha-se algures no horizonte... e até pode acontecer que os socialistas sejam mais soviéticos que os comunistas…
                                                     José da Silva

1 comentário:

  1. Bem podem perorar. Ir à Russia ou à china ou a cuba ou a Angola. Bem podem. Não passam de uns Peter Pans que se mantêm lá nessa terra de Liliputs.
    Essas fábulas até podiam ter muita gracinha, não fora servirem, para além do deleite destes contadores de histórias, tentar manter-nos fora da realidade.
    E a realidade é esta: os comunistas com os tantos de feitos que se lhes conhecem são a nível local a única força política com integridade e ética. O pouquíssimo que está feito em Tomar nos últimos anos deve-se-lhes.
    Há que continuar a dizer mal deles. Muito mal mesmo. Para isso vai-se à revolução de Outobro, a Mao e a Ho Chi min. Vai-se onde for preciso e tantas as vezes quantas a s necessárias.
    Porque se não, pode acontecer algum dia alguém parar para pensar sem ser pela cabeça do Rebelo ou do Silva, olhar à volta e constatar quem é que afinal fez e faz alguma coisa por esta terra.

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