segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Cães assustam no Chão das Maias

Correio dos leitores
Recebemos de Carla Duarte, de Chão das Maias, um texto de denúncia sobre uma “situação grave que a Médica Veterinária da CM Tomar ignorou”:
“Escrevo para dar conhecimento de uma situação grave que poderá mesmo ser ou tornar-se um caso de saúde pública.
O caso acontece no lugar de Chão das Maias. Vários cães abandonados circulam pelo lugar e o grupo cresceu nos últimos tempos dando origem a uma matilha de 8 a 10 cães. São pelo menos duas cadelas, um cachorro e vários cães.


Os animais estão abandonados e circulam todo o dia pelas ruas do lugar. Há dias ao visitar a casa da minha avó, que se encontra fechada desde que a idosa foi para o lar mas à qual vou regularmente ver se está tudo bem e verificar se há correio, apercebi-me que haveriam vários cães a dormir no quintal. Como já tinha anoitecido e não sabendo que cães eram e quantos eram, não abri a porta. Dias depois, ao tentar abrir a caixa do correio que se encontra no exterior e cujo acesso se dá pelo quintal, fui ameaçada por vários cães, como já era de noite e não havia luz não sei quantos eram, mas com medo fechei imediatamente o portão e só voltei ao local de dia.
Deparei-me com a situação que as fotos mostram. Os animais andam a dormir no sofá que se encontra no alpendre tendo destruído já uma parte do mesmo (que apesar de antigo, estava impecável anteriormente). Os animais dormem e fazem as necessidades em cima da manta que cobria o sofá, rasgaram uma parte do sofá, espalharam o que apanharam pelo chão do quintal. Pior que isto, descobri que andam também a subir ao sotão da casa onde alguns dormem e fazem também as necessidades.
Dada a situação, a minha mãe contactou no início desta semana o gabinete de veterinária da Câmara Municipal de Tomar para dar conhecimento da situação e pedir que seja tomada alguma medida. A doutora responsável não estava disponível, mas foi tomada nota da situação para posteriormente actuar. Ficou também a informação de qual era o número da casa e que o portão ficaria destrancado para o caso de ser necessário entrar no quintal. A semana passou e nada foi feito.
Ontem, dia 19 de fevereiro de 2016 pela manhã, a minha mãe voltou a ligar para o mesmo gabinete. Ficou a aguardar que a chamada fosse passada à médica responsável. Enquanto aguardava que a mesma atendesse a chamada, conseguiu ouvir que do lado de lá da linha alguém alertava a médica e dizia algo como: "doutora, esta situação é um caso de saúde pública, temos de preparar duas boxes e averiguar se há animais doentes ou cachorros bebés". Foi então que a doutora veterinária responsável pelo gabinete atendeu a chamada e disse (sem deixar a minha mãe sequer falar): "minha senhora já tenho conhecimento da situação, mas há muito trabalho e isso não é de um dia para o outro. Olhe já tenho o telemóvel novamente a tocar". Nisto, desligou o telefone na cara da minha mãe sem sequer a deixar falar. Uma tremenda falta de educação no meu ver. Da parte da tarde, fui eu mesma que liguei para o dito gabinete. Fui atendida por um senhor simpático que me disse que a doutora não estava e que de facto já havia conhecimento da situação.
Como documentam as fotos, há danos materiais que ninguém irá assumir uma vez que os animais estão abandonados. Pergunto-me se a Câmara Municipal de Tomar pagará um sofá novo... Só posso verificar o correio ao fim de semana, uma vez que durante a semana chego sempre depois do anoitecer e o local já está ocupado pelos animais. Durante o dia os animais circulam pelas ruas, tendo já provocado sustos a diversos condutores. Se houver um acidente devido a isto, quem assume a responsabilidade??  A doutora que ignorou o caso? A CM Tomar?
Envio também fotos de alguns desses animais e ressalvo que há duas cadelas e uma delas provavelmente prenha novamente.
Agradecia se houvesse a possibilidade de o caso ser tornado público, já que habitualmente apenas depois disso a CM Tomar costuma tomar alguma atitude. Lamento que os serviços competentes não funcionem e que tenha de agir por este meio na esperança que algo se faça.
Com os melhores cumprimentos,
                                                    Carla Duarte


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