Os docentes da licenciatura em Fotografia do Instituto Politécnico de Tomar anunciaram uma greve de uma semana, a iniciar na terça-feira, para contestar a insuficiência de recursos, humanos e materiais, neste curso.
Segundo o Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESup), que apoia o protesto, dada a ausência de respostas por parte dos responsáveis da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Tomar (ESTT), os docentes da Unidade Departamental de Artes, Design e Comunicação (UD ADC) que prestam serviço no âmbito da licenciatura decidiram avançar para a greve.
"Este protesto deve-se ao facto de a licenciatura em Fotografia, o curso com maior entrada de alunos no contingente geral da instituição, sofrer com a falta de inclusão permanente dos docentes e da UD ADC nos processos de decisão que afetam diretamente o projeto pedagógico da licenciatura. A esta falta de diálogo acresce a precariedade dos docentes", refere uma nota do sindicato enviada à Lusa.
Fonte sindical disse à Lusa que há duas unidades curriculares sem aulas desde o início do ano letivo, o que está a prejudicar os alunos e a imagem do curso, por indefinição quanto à continuidade do docente que há 13 anos é responsável pela área técnico-científica de Materiais e Processos Históricos em Fotografia.
Por resolver está também a substituição de outra docente cujo contrato termina no próximo dia 30 e não foi renovado, bem como a necessidade de aquisição de material e de verba para reparação e manutenção de equipamentos.
Os docentes exigem ser ouvidos nas tomadas de decisão relativas à licenciatura, nomeadamente quanto ao programa curricular.
Contactado pela Lusa, o presidente do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), Eugénio Pina de Almeida, afirmou não ver razões para um extremar de posições, sublinhando que a direção da escola "tem meios, poder e legitimidade" para resolver as situações apontadas pelos docentes.
"Acredito que rapidamente se resolverão" as situações indicadas "em sede de reunião com os diretores do curso e da escola", afirmou, reconhecendo "preocupação" por os alunos estarem sem aulas em duas disciplinas e por poder ser afetada a imagem de uma licenciatura e de um mestrado que são únicos ao nível do ensino superior público em Portugal.
O grupo de docentes que decidiu avançar para a greve marcou um encontro com a comunicação social na terça-feira à tarde, esperando Eugénio Pina de Almeida que a direção da escola faça rapidamente um levantamento e aponte soluções para que a situação se resolva rapidamente.
Agência Lusa
Desde que começaram a despedir os melhores professores e a manter e contratar professores medíocres, o resultado está à vista
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