As diferenças no atendimento dos hospitais de Abrantes e Leiria

O DJ Pedro David, de Tomar, sofreu uma aparatosa queda do palco no sábado à noite após uma atuação nas festas do Entroncamento. Ficou sem sentir a perna direita e foi transportado de ambulância pelos bombeiros para o hospital de Abrantes.
Pedro David relata na primeira pessoa essa aventura naquilo a que ele chama “hospital "mortuário" de Abrantes”. Descontente com o atendimento deslocou-se no dia seguinte ao hospital de Leiria. No facebook dá conta das diferenças que experimentou entre os hospitais de Abrantes e Leiria no atendimento aos doentes.
Aqui fica esse relato na primeira pessoa:
“Meus Amigos (as), foram inúmeras as mensagens e telefonemas que recebi nos últimos dois dias. Espero que compreendam que não consegui atender todos, nem responder a todas as mensagens. Assim, escolho esta forma para agradecer do fundo do coração todo o vosso carinho e amizade demonstrada num momento que foi muito assustador para mim devido ao facto de ter deixado de sentir a perna direita após a queda do palco, na madrugada de Domingo. Depois de um episódio triste que vivi no Hospital "mortuário" de Abrantes e que vão ter nos próximos dias oportunidade de conhecer ao pormenor, quis hoje ficar descansado sobre as mazelas que sofri. 
Nesse sentido, desloquei-me ao Hospital Santo André, em Leiria, na certeza que naquela unidade seria bem tratado. Não me enganei... a pulseira mostra a hora a que entrei pelo meu pé, nas urgências (diferente de entrar em maca com o INEM).
A verdade é que em 55 minutos, fizeram em Leiria aquilo que em Abrantes entre as 03h10 e as 05h40 da madrugada de domingo, num hospital que estava em modo ZEN, felizmente por falta de "clientes", não fizeram. 
Em Leiria, entrei, inscrevi-me e encaminharam-me para a triagem, onde ao fim de 4 minutos me chamaram. Expliquei o sucedido e as queixas de dores, colocaram-me a pulseira amarela (60 minutos - triagem de Manchester) e encaminharam-me para o gabinete de medicina geral. Aqui, fui chamado ao fim de 3 minutos de me ter sentado na sala de espera. Fui visto e encaminhado de imediato para a Ortopedia. Sentei-me de novo na sala mas da especialidade e qual não é o meu espanto que em menos de 5 minutos ouço o meu nome e vem um enfermeiro à porta para me encaminhar ao gabinete. Sou visto pelo Dr. António Sales que me envia para o RX . Chegado ao RX, um enfermeiro pergunta-me à minha chegada se eu era o Sr. Pedro... e eu completei, David? Sim... Então peço-lhe desculpa, mas aguarde só 5 minutos que o chamam já... assim aconteceu... entro, faço 4 RX e encaminham-me de novo para a Ortopedia onde sou chamado ao fim de 2 minutos, de novo ao Gabinete do Dr. António Sales. São me mostrados os RX 's e explicadas as lesões. De seguida preenche o receituário e documentação para o seguro. Desejam-me as melhoras com um sorriso e disponibiliza-se para o que precisar.  Sigo para a receção, onde está uma fila de 12 pessoas , mas que em menos de 10 minutos , a eficácia de quem estava ao balcão, me levou a ser atendido. Apresentam-me as referencias multibanco para posterior pagamento das despesas, perguntam se preciso de justificação, carimbam papeis e desejam-me as melhoras. Com tudo isto, olho para o relógio e os ponteiros marcavam 19H35m... menos de uma hora após a entrada , num Hospital de uma cidade Capital de distrito e onde em todas as salas havia pessoas à minha frente e muitas ambulâncias sempre a chegar... AQUI NO HOSPITAL SANTO ANDRÉ, EM LEIRIA, há gosto pelo que se faz, há gosto em ser bom, ser melhor... Um agradecimento a todos os profissionais que foram exemplares, ao contrário de muitos que nos últimos dias mostraram falta de profissionalismo e claramente trabalharem por gosto À COR DO DINHEIRO, dormindo em serviço, num hospital vazio e onde os pacientes têm que aguardar que o Sr. Doutor tenha vontade de nos atender.”

Pedro David caiu desamparado do palco