sábado, 20 de dezembro de 2014

Corrimãos em inox na igreja de Santa Maria do Olival

A mais recente polémica que envolve o padre Mário Duarte, vigário de Tomar, tem a ver com a colocação de corrimãos em inox num monumento do séc. XII, a igreja de Santa Maria do Olival.
A intenção pode ser boa (maior segurança para quem suba e desça as escadas) mas a utilização de aço inox numa igreja do tempo dos Templários é classificada como “vandalismo”, conforme denunciou António Pires no facebook.
Na entrada principal foram colocados corrimãos em inox de ambos os lados e agora está a ser instalada uma escada em madeira que cobre parcialmente a escadaria original em pedra. Na entrada lateral também foram aplicados corrimãos do mesmo tipo de material e uma rampa em madeira.
Estas obras são feitas por iniciativa do padre Mário Duarte que ultimamente é alvo de duras críticas por especialistas em património e cidadãos anónimos que não aceitam os “desmandos” do vigário. Os casos da capela de S. Gregório, da fachada da igreja de S. João e do quadro “A Última Ceia” retirado desta igreja suscitaram acesa polémica em Tomar.
Classificada como Monumento Nacional desde 1910, a igreja de Santa Maria do Olival é um dos exemplares mais emblemáticos da arte gótica em Portugal, tendo servido de modelo às igrejas de três naves construídas até ao período manuelino.

Fotos de António Pires publicadas no facebook




12 comentários:

  1. RUA COM O PADRE MÁRIO!!!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A questão é quem é o proprietário das igrejas? Quem tem a obrigação de cuidar delas? Quem arranja os fundos para as obras? Respondam-me os cidadãos anónimos e os ilustres

      Eliminar
  2. Quem são os proprietários das igrejas? Somos todos nós, Portugueses. Todas elas foram construídas com o nosso dinheiro. Com o nosso trabalho.
    Quem contribui para as obras? O povo Português, com as suas dádivas.
    Cuidar de uma igreja com oitocentos anos não é enche-la de inox. Isso é vandalismo sim senhor. Se querem igrejas modernas, à imagem das vossas mentes distorcidas por esta cultura do ridículo, então façam-nas de raiz com os vossos ordenados.
    Estragar património é punido por Lei. Ou não sabiam?!??

    ResponderEliminar
  3. Destruir património é punido por Lei.
    Ou não sabiam?!??

    ResponderEliminar
  4. Me desculpem, mas está MUITO MELHOR, para a segurança de todos e em especial para os utentes mais idosos, quanto ao INOX, há duas questões, por razões de segurança não pode ser utilizado MADEIRA, que ficaria certamente melhor, no entanto as igrejas, conventos e sejam eles quais forem as obras ou património público, não PODE NEM DEVE ser estático..., a evolução da humanidade e ao longo dos tempos todas as grandes obras sofrem melhorias e remodelações..., o CONVENTO DE CRISTO tb não foi erguido de uma só vez e assim ficou para sempre !!!, Na minha opinião está muito melhor assim e não se está a estragar património, eu diria NESTE CASO a valoriza-lo ...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Compreendo a sua opinião e concordo na generalidade com ela. Mas, onde está escrito ou como pode assegurar q não é permitido em MADEIRA ?

      Eliminar
  5. Faça-se bem ou mal, sempre aparece alguém a criticar. Muitos só surgem para dizer mal. São incapazes de produzir e pensar nos outros. E, aposto, nem a Igreja frequentam.

    ResponderEliminar
  6. "E, aposto, nem a Igreja frequentam." Este tipo de expressão é infeliz, tão quanto o facto de serem precisamente os que a frequentam, que acabam por a vandalizar de alguma forma. As igrejas e espaços históricos sob tutela do estado, estão mais bem conservados dos que os que estão sob alçada da paróquia. Quem usa uma expressão como a enunciada, por norma corresponde a alguém que não só, não entende a arte, como a despreza.

    ResponderEliminar
  7. O problema é que o estado também deixa cair muitos monumentos. Talvez fosse bom um trabalho conjunto. Se por exemplo a câmara e o estado central avançassem com algumas centenas de milhares de Euros para arranjarem as Igrejas, acho muito bem que seja também respeitada a opinião dos munícipes e dos especialistas do património.

    ResponderEliminar
  8. Quero desejar a todos as boas festas. Espero que este Natal abra o coração a todos nós, que nos deixemos de negativismos. Não fiquemos de braços cruzados e não critiquemos quem age em prol do avanço a todos os niveis. Os comentários que vemos são de pessoas passivas, incapazes de fazer algo, a não ser criticar quem faz.Sempre foi assim, quem faz, o que faz está sempre mal feito, quem não faz são os maiores. Dou graças a Deus por haver pessoas que não ficam de braços cruzados à espera que as coisas apareçam feitas. Neste mundo de tanta inércia precisamos de pessoas assim, de pessoas capazes de nos iluminar, de sorrir e de nos dar sinais de esperança.

    ResponderEliminar
  9. Enquanto uns discutem e nada fazem, outros fazem pelo bem comum das pessoas e são criticados. Eu, que sabendo na pele o perigo que aquela escada representa, mesmo para quem ainda se "arrasta bem", sabendo da necessidade de tornar mais acessível o interior da igreja, nada fiz, pelo que me remeto ao silêncio sobre os aspectos estéticos ou funcionais. Provavelmente, quem tratou do assunto procurou gerir o melhor possível todas as variantes em causa, principalmente o custo que a paróquia teve que suportar. E eu sei da árdua angariação de fundos dos fiéis, que pouco ou nada tendo, lá vão fazendo e vendendo uns docinhos à porta da igreja. A vós, não vos vi lá a ajudar! . Tanto é, que só muito depois da obra feita se aperceberam dela. É claro que não estou a defender o Sr. Padre Mário. Ele não necessita que o defenda... Afinal a igreja não é um museu ( há museus e monumentos nacionais com corrimão em inox), é um templo...e isto supõe a utilização do espaço pelas pessoas, em segurança e com dignidade. Disse eu, Mª João Damásio

    ResponderEliminar