25 de julho de 1975 é uma data histórica para Tomar e para Portugal. Nesse dia no tribunal de Tomar realizou-se o único julgamento popular. O trabalhador rural José Diogo estava a ser julgado pelo homicídio do seu patrão Columbano Líbano Monteiro, morto em 1974 com uma facada nos intestinos.
Em pleno verão quente do PREC, o julgamento decorreu de forma atribulada. Assalariados de Castro Verde, operários das empresas de Tomar e Lisboa e representantes da Associação de Ex-Presos Políticos Anti-Fascistas (AEPPA) invadiram o tribunal, o julgamento judicial acabou por não realizar-se porque o arguido não estava presentes e foi decidida a sua libertação com uma caução de 50 contos. Em substituição do julgamento foi feito na escadaria do tribunal o primeiro e único julgamento popular em Portugal. Os presentes decidiram libertar José Diogo e condenar a título póstumo o proprietário Columbano Líbano Monteiro “pela opressão e exploração que exerceu sobre o povo”.
O caso resultou num filme, num livro e numa canção revolucionária.
Recorte do jornal Expresso de 26 de julho de 1975
Excerto da reportagem “Portugal 74-75” de Joaquim Furtado, José Solano de Almeida, Cesário Borga e Isabel Silva Costa emitido pela RTP.
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