O dono do armazém da antiga Tomarplac que ardeu em setembro de 2010 e onde funcionava uma estufa de cannabis, bem como o seu filho mais novo, estão presos. Pai e filho são emigrantes em França e têm casa na freguesia de Olalhas, Tomar.
Tudo começou quando na noite de 28 de setembro de 2010 deflagrou um incêndio que destruiu um armazém da antiga Tomarplac, na Venda da Gaita, arredores de Tomar. Chamados a combater as chamas, bombeiros e mais tarde a polícia, concluíram que ali funcionava uma sofisticada estufa de cannabis (liamba).
O armazém estava em nome de Jorge da Mota, construtor civil emigrante em França, que na semana seguinte ao incêndio, em entrevista ao jornal O Templário afirmava que nada tinha a ver com a droga e que tinha alugado o armazém a uns árabes.
Mas a Polícia Judiciária concluiu que Jorge da Mota e o seu filho Olivier eram os responsáveis pela estufa de cannabis.
Olivier, de 27 anos, foi detido em outubro de 2012 e, há poucos dias, foi condenado pelo tribunal de Tomar a seis meses de prisão efetiva pelos crimes de tráfico de estupefacientes e detenção de arma proibida (um imobilizador elétrico designado por stungun).
O tribunal não conseguiu localizar nem notificar o seu pai, Jorge da Mota, de 55 anos, para ser julgado em simultâneo pelos mesmos crimes. Mas na segunda feira, dia 15, a PJ conseguiu localizá-lo e detê-lo. Será julgado num outro processo mas sob a acusação dos mesmos crimes.
Durante o julgamento, Olivier remeteu-se ao silêncio, ou seja, optou por não prestar declarações. Uma testemunha garante tê-lo visto na noite do incêndio a sair do armazém onde funcionava a estufa de cannabis. Era um pavilhão dividido em dois pisos onde funcionava uma das mais sofisticadas estruturas de produção de cannabis que a PJ encontrou em Portugal. Os investigadores descobriram “uma enorme quantidade de droga” (plantas de cannabis, sacos com plantas já secas e cocaína), mais de 10 mil euros em notas e moedas, dezenas de peças em ouro, uma balança de precisão, objetos e documentos pessoais dos arguidos entre outros materiais.
Os juízes que compunham o coletivo não tiveram dúvidas quanto à ilicitude e gravidade dos crimes.
Olivier cumpre pena no estabelecimento prisional de Leiria, onde o seu pai também está preso a aguardar julgamento.
Olivier quando entrava no tribunal de Tomar
Bombeiros, PSP e PJ no dia do incêndio
Comunicado da PJ
http://www.policiajudiciaria.pt/PortalWeb/page/%7BCB87BD3A-1524-498C-AC70-84F1E553E1D3%7D
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