domingo, 27 de janeiro de 2019

Esclarecimento aos meus leitores de boa-fé

Opinião

Aos leitores de boa-fé, porque os outros, os de má-fé, fazem sempre de conta que não leram, que não sabem, e portanto nem valeria a pena perder tempo com eles.

Pressionado para acabar com o Tomar a dianteira 3, ou pelo menos a evitar escrever negativamente sobre o Município, entendi dever deixar de ali publicar. Logo prestáveis conterrâneos vieram assegurar, e continuam a escrever, que aquele blogue encerrou por falta de leitores. Um falsidade, porquanto não sendo muitos, sempre eram entre 500 e 600 todos os dias. Para um concelho pouco alfabetizado em termos cívicos e políticos, julgo que não era assim tão mau. Mesmo sem recorrer ao velho chavão "Eram poucos, mas bons".
Procurando evitar, na medida do possível, que as mesmas ou outras almas caridosas venham aqui escrever coisas deliberadamente falsas, porque lhes são úteis, achei necessário este esclarecimento.
Do meu ponto de vista, baseado na curta experiência colhida neste blogue, há aqui vários grupos de comentadores abrigados no anonimato. Alguns desses grupos são de pessoas de boa vontade, forçadas a recorrer ao anonimato para não se prejudicarem em termos profissionais ou humanos, mas que sabem respeitar, e em geral respeitam, os direitos dos outros. Infelizmente, é para mim nítido que há também pelo menos um grupo que usa o anonimato exclusivamente para tentar emporcalhar quem escreve. Nunca contestam o que se escreve, ou sequer a maneira como se escreve. Limitam-se a escrever sobre os autores coisas piores do que aquelas que Maomé disse sobre o toucinho e os animais que o fornecem.
Estão no seu direito, bem entendido. Estamos felizmente numa sociedade livre, apesar do reles comportamento de alguns. O problema, quanto a mim, é estar convencido de algo que considero inaceitável, que nem sequer deve ser tolerado. Honrados cidadãos, que dependem da autarquia de Tomar, como eleitos, como funcionários ou por ajuste directo, usam o anonimato para desviar a atenção das críticas e tentar desacreditar os cidadãos críticos. Depois, num segundo tempo, apresentam como desculpa, quando a golpada já se tornou evidente, porque demasiado enorme, que é só brincadeira, reinação, que até dá muito gozo.
Para mim, que sou da velha escola e por isso não engulo tais balelas, o que creio, mas não poderia provar perante a justiça, (porque se pudesse a via a seguir seria outra...), é que se trata de uma manobra deliberada, orquestrada por quem sente que o chão político lhe começa a fugir debaixo dos pés.
Porque afinal, a questão básica é esta: Mesmo admitindo que se tratasse apenas de brincadeira, de reinação algo louca, de gozação, como dizem os brasileiros, quem beneficiou realmente com essa tentativa de demolição da minha pessoa? Apenas os autarcas e outros visados, bem como os que são lautamente pagos para fazerem o que fazem.
É tudo falso, sem pés nem cabeça? Pois então mostrem-se, identifiquem-se! Expliquem-se mostrando a cara. Só assim deixarão de existir fundadas suspeitas de que há em Tomar quem ande a chafurdar na política porca, enganado os eleitores. E parafraseando o outro que já lá está, somos todos porcos, mas há uns muito mais porcos que os outros.
Concluindo, após troca de ideias com a administrador deste blogue, que alegou falta de disponibilidade para ler previamente todos os comentários, resolvi deixar de escrever nestas colunas. Enquanto aqui forem publicados comentários que em vez de debaterem ideias ou factos, se limitam a tentar enxovalhar injustamente quem escreve, não haverá mais crónicas minhas. Lamento, mas para grandes males, grandes remédios.
Resta-me agradecer aos leitores a paciência demonstrada para com os meus escritos.
Pobre gente! Desgraçada terra que tais filhos tem!
                                                                  António Rebelo

12 comentários:

  1. Com essa atitude ficamos todos a perder. Espero muito sinceramente que reconsidere. Ou então reabra o Tomar a dianteira e vede os comentários. Quem quiser tecer considerandos que o faça via email. Abraço.

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  2. Que bom este senhor que não percebe nada disto deixar de escrever aqui, já existem por aí muitos incendiários, e éeste senhor é muito muito fraquinho.

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    1. Forte, forte, mesmo muito forte, se calhar até genial na sua cabecita, é você. Basta ler com atenção o que você escreve, um simples amontoado de redundâncias.
      A título de exemplo, como é que você quer que "este senhor que não percebe nada disto" posssa ser outra coisa que "muito muito fraquinho"?
      Sabe por acaso o que é uma tautologia? Já pensou seriamente na forma como pensa e na qualidade dos seus raciocínios? Faço-o quanto antes, pois mais tarde ou mais cedo a sua vida vai ser uma desgraça, porque quem pensa de modo deficiente...

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  3. O vosso problema é mesmo o grau de conhecimento dele que vai infinitamente para além do saber ler, escrever e contar de forma elementar.

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  4. Finalmente. Venha o dianteira 4 lol

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  5. Sensato, caro Senhor Doutor Rebelo, sensato.
    Não o conhecendo pessoalmente mas constante e desperto leitor dos seus escritos desde sempre, ouso reconhecer-lhe a sensatez.
    Vai fazer-lhe bem descansar e aproveite, leia, dê uns mergulhos aí desse lado da costa e faça outras ginásticas mais e que sejam também interessantes.
    Por aqui tudo seguirá, o Tomarnarede a ter textos, a ter muitas, boas e interessantes notícias, a ter muitos leitores, e prosseguirá, saudavelmente, o seu caminho.
    O Senhor, já reparou, era apenas um! No meio de milhares a ler e a escrever., não se notará tanto a falta, assim.
    Descanse.
    Sempre a considerá-lo. E como diz, Tomar não merece tão singular e ousada pena.

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    1. Segundo um milenar dito popular atribuído aos chineses, "Quando o dedo aponta para a Lua, os palermas olham para o dedo." Mas em Tomar, como é bem sabido, não há palermas. Nem masculinos nem sobretudo femininos. Só gente de alto gabarito cívico e intelectual. Logo, os chineses devem estar enganados. Só pode.

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    2. Que você queira intrujar os leitores, é condenável mas problema seu. Cesteiro que faz um cesto, faz um cento.
      Queira porém respeitar a escrita alheia. Nunca escrevi em lado nenhum que "Tomar não merece tão singular e ousada pena". Por conseguinte o seu segmento de frase "E como diz," é pura trafulhice. Mais uma?

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  6. Decidir deixar de escrever é deixar a comunidade mais pobre. Porquê? Porque do que li nunca notei comentários ofensivos à dignidade dos visados, antes colocar na praça pública interrogações sobre a valia das decisões tomadas por políticos cujas funções emergem do voto popular, isto é, mereceram em devido tempo a confiança da maioria do povo. Os que criticam o blogue por causa das críticas que nele são feitas deviam era interrogar-se se estarão mas é a trair o voto de confiança recebido. Infelizmente em Tomar parece reinar o princípio que o bom político é o que "segura o lugar". Deve entender-se por "segurar o lugar" esconder erros, torcer a realidade e calar quem questiona, mesmo sem censura oficial? Parece que sim. Mas isso, a comunidade vai pagar caro no futuro, se é que não está já a pagar. A inquestionável decadência de Tomar tem muitas razões, incluindo o amorfismo de pensamento, algo que este blogue procura romper. Será que temos de nos render perante uma cidade cada vez mais pequena de gente muito pequena?

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  7. A Rebelo, os cães ladram e a caravana passa

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  8. Pequena, mesquinha, retrograda, e parada. Basta viajar para qualquer localidade fora do concelho e respira-se simpatia, modernidade, e mentes abertas. E mesmo os mais proximos perguntam quando se fala de Tomar:
    -Ah!
    -que é isso?
    -onde é?
    Contra factos nao ha argumentos. Até a atrasadissima Ferreira do Zêzere nos ultrapassou. Pobre terreola triste gentalha.

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  9. Pois eu tenho pena, pois concordando ou discordando, gostava de ler e, principalmente, gostava de conhecer outros pensamentos e formas de olhar para o que nos rodeia.
    Fico à espera, leia-se esperançoso, que o professor ganhe vontade e coragem e siga para um Tomar a Dianteira 4, que seguirei com tanto interesse como os anteriores.
    Cumprimentos de leitor regular.

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