Sobretudo nos meios pequenos e que cada vez encolhem mais, como Tomar, é difícil pensar fora do grupo e ainda mais penoso criticar abertamente os seus dirigentes. É o que vem acontecendo em terras nabantinas, de há longos anos a esta parte. Salvo raras excepções, reina aquilo a que se pode chamar a paz dos cemitérios. Mesmo aqueles que discordam abertamente, são forçados pelas conveniências a manter o silêncio.
Quando alguém mais livre por força das circunstâncias, resolve escrever o que pensa, tendo como principal objectivo a melhoria da situação, senão para todos, pelo menos para a larga maioria, os detentores do poder e os seus serventuários procuram a todo o custo silenciar essa voz incómoda. Visando o seu conforto e os seus rendimentos, em vez de se preocuparem com o bem estar geral.
Tudo isto para tentar explicar porque sou uma voz incómoda e quase solitária. Outros bem gostariam, porém o contexto social não lhes permite. Voz tão incómoda que, não conseguindo contra-argumentar ou desmentir sucessivas críticas fundamentadas, os instalados tentam a todo o custo -incluindo a importação de escribas mercenários- o descrédito de quem assim ousa atacar tão geniais eleitos, forçosamente isentos de defeitos.
Foi neste pântano político mal cheiroso que pela calada, assim a modos que lateralmente, apareceu uma outra crítica e de peso:
"Mas é o que dá, colocar quem não sabe a tratar de assuntos sérios e, neste particular, o PSD de Tomar vai ter de adequar melhor os alvos, se quiser efetivamente liderar uma alternativa ganhadora aos gestores do ATL Municipal, no qual os meus camaradas têm transformado a gestão Municipal de Tomar."
(vamosporaqui.blogspot.com, 18/12/2018)
Temos assim que Luís Ferreira, o verdadeiro "pai da criança" aproveita uma crítica ao PSD e à sua evidente falta de quadros competentes a nível local, para desancar de fininho e com elegância no PS local.
Dirão as luminárias analíticas do costume, que têm resposta para tudo, e nunca falham o Euromilhões, uma vez conhecidos os algarismos vencedores, que o ex-chefe de gabinete tem razões de queixa. E então? O seu ponto de vista é ou não correcto? A maioria PS transformou ou não transformou a autarquia num ATL municipal?
Isso é que importa saber, para daí tirar as conclusões que se imponham.
Há também a situação pouco confortável do PSD, assunto que fica para o próximo texto.
António Rebelo
Duas eminências pardas um, o cronista azedo a falar do outro, o videirinho local. Muito gostam aqui de escrever sobre o ex-vereador, ex-deputado municipal, ex-chefe de gabinete ex-marido da presidenta. Com tanta coisa para escrever sobre o que está mal no concelho, porque, para quê, desenterrar o morto vivo? Ambos sabem sobre tudo menos sobre como chegarem a presidente da Câmara, o ex-tudo esteve lá pertinho, mas não tem perfil nem amplitude.
ResponderEliminarAqui está um daqueles textos que não é bem um comentário. É mais um bom exemplo da arte da má-língua, para uso das camadas menos instruídas. Boçais.
EliminarEu sou azedo, o outro é videirinho e morto-vivo, diz o sábio autor. Mesmo que fosse verdade, que tem isso a ver com a substância da crónica em causa?
A falta que faz a capacidade de entendimento. Um ex-dirigente máximo do PS local põe em causa a actuação política dos seus camaradas autarcas, mas o comentador não percebe o que me levou a "desenterrar o morto vivo"...
Quem podia evitar estas situações deprimentes era o administrador do blogue, eliminando tal tipo de comentários, que não se referem propriamente àquilo que foi escrito, mas à ideia que o comentador tem de quem escreveu ou foi citado. E não é isso que está em causa, menos ainda em debate.
Comparado com toda a incompetência que por lá anda, seria melhor que qualquer um!......
ResponderEliminarLuís Ferreira é um exemplar de catálogo do "novo" político e "novo" maçon sem escrúpulos de tipo nenhum, um "político" sujo como há poucos ao nível local.
ResponderEliminarEle é o "pai e a mãe" do MONSTRO, de que fazem parte 2 bonecos de palha através dos quais exerceu o poder por interposta pessoa.
O que foram o Hugo e a Anabela durante anos ?
Leiam-se os jornais locais e os blogues tomarenses da altura em que o bicho se consegui impor como verdadeiro PC de Tomar ?
Mas se querem mais, vão mais atrás, comecem em 2005 !!
É tudo GENTALHA para quem a NOBRE POLÍTICA nunca foi a discussão de opções, de projectos de sociedade, de modelos de desenvolvimento.
Já são apenas do tempo de POLÍTICA = INTERESSES = BCI-Bloco Central de Interesses, envolvendo sobretudo PSs e PSDs.
POLÍTICAMENTE, temos a escumalha no Poder.
Nem a GERINGONÇA conseguiu "aleijar" o BCI.
O POVO tem o que quer, diferente do que merece.
Concordo consigo, mas em menos violento.
EliminarDiscordo da última afirmação. Em Tomar o povo só tem o que pode, pois as opções não eram melhores. Não votou no melhor. Votou no menos mau.
Não se trata de "violência", pode crer.
EliminarÉ uma questão de estilo, de frontalidade frontal, de não hipocrisia, de não politicamente correcto, de terra a terra, de o texto se poder dar a leituras equívocas ou dúbias, de desprezo pelos rodriguinhos que empobrecem as conversas e os debates.
Neste início de 2019, a situação de Tomar e perspetivas para o seu futuro são pouco menos que trágicas quando se olha para as instituições públicas e o seu pessoal político. Quanto à autarquia teremos PS ou PSD. Passado quase todo o mandato, Anabela, Hugo e etc. não cumpriram com um processo de afirmação e de desenvolvimento de Tomar. Zeca Pereira nada mais que uma figura decorativa, desconhecida além de Carregueiros. Quanto a Luís Ferreira, pelos vistos ainda a sombra dos anteriores, foi o chico-esperto da política em terra saloia. "Comprou" apoios, montou um esquema de influência sem se fazer notado. No fim, mandou através dos seus piões. Tudo isto sem modos e sem uma ideia coerente para a cidade, salvo a sua sobrevivência política. Caiu porque não se engana para sempre toda a gente ao mesmo tempo. O PSD e os seus vários mandatos autárquicos são a base da nova estratégia do turismo para a cidade e que se revelou catastrófica em termos de economia local e número de residentes. Paiva, Carrão e Corvêlo têm o seu nome associado a este desastre. Relvas, o "influente tomarense" sobreviveu politicamente num período difícil dentro do PSD, ao tempo de Ferreira Leite, com a ajuda de Luís Ferreira na Assembleia Municipal. Serviu-se de Tomar e nada trouxe. A Misericórdia teve um Jesus a acumular mandatos com legalidade questionável. Agora é substituído por Alexandre, alguém cujo trajeto fala por si: ligações pessoais de influências (e não de competência) em regime de zigue-zague. No Politécnico, lugar que se suponha de debate, parece que funciona há vários anos o regime de candidato único. Que fazer?
ResponderEliminarNao faça nada que vai estourar. Ao menos nao dá para chorar dará para rir.
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