Não se percebe bem porque é que chamam “debate” a isto, ou que é que aqueles senhores vão lá “debater”. Toda a gente sabe que essa coisa da dita “tauromaquia” é uma prática tradicional de alguns países do sul da europa (já exportada para outros lados do planeta, bem entendido) e que, por ser antiga e por haver quem goste, se tenta passar a ideia de ser uma coisa cultural. Mas de facto é tão cultural quanto o é a burca nas mulheres árabes, a mutilação genital feminina, o casamento de crianças ou o apedrejamento enquanto forma de punição. O celibato dos padres ou a proibição do divórcio. A porrada nas crianças nas escolas “para aprenderem”; a proibição das enfermeiras se casarem. Etc., etc., etc.. O mundo está ainda em pleno e muito difícil aperfeiçoamento. E alguns sectores da sociedade, usufruindo de uma liberdade de expressão para que não lutaram, vêm a lume e à praça pública, tentar intelectualizar e dar um tom de seriedade e dignidade – na defesa dos seus próprios interesses – a práticas retrógradas que nos envergonham a todos e que estão mesmo condenadas a ir para o caixote do lixo da evolução da humanidade. Alguns amigos estrangeiros sentem-se chocados e sem argumento quando esta prática bárbara lhes é apresentada como “cultural” e “very tipical”. Mas não é preciso muito para desmontar este élan argumentativo. De facto, aquilo não é nem uma arte nem um desporto. O desporto humano apela e reforça o aperfeiçoamento de quem o pratica. É aberto a todos e ignora condições sociais de classe na admissão dos praticantes. E o sucesso depende do desempenho efectivo. Não está garantido pela família de origem. Aqui não. Filho e neto de toureiro, toureiro vem a ser. Como por ordem divina ou monárquica. O mais pobres fazem-no a pé ou mesmo sem instrumentos enfrentando com o peito os cornos do bicho e da vida. Faziam todos parte do mesmo universo social e “cultural”. Mas cada um era para o que nascia. Quanto àquilo ser “arte”… valha-nos Deus. Gente que se delicia esteticamente e se considere superior por ser mais inteligente que um animal a que espetam ferros e pôem a sangrar. Ou matam mesmo.
Não se percebe bem porque é que chamam “debate” a isto, ou que é que aqueles senhores vão lá “debater”. Toda a gente sabe que essa coisa da dita “tauromaquia” é uma prática tradicional de alguns países do sul da europa (já exportada para outros lados do planeta, bem entendido) e que, por ser antiga e por haver quem goste, se tenta passar a ideia de ser uma coisa cultural. Mas de facto é tão cultural quanto o é a burca nas mulheres árabes, a mutilação genital feminina, o casamento de crianças ou o apedrejamento enquanto forma de punição. O celibato dos padres ou a proibição do divórcio. A porrada nas crianças nas escolas “para aprenderem”; a proibição das enfermeiras se casarem. Etc., etc., etc.. O mundo está ainda em pleno e muito difícil aperfeiçoamento. E alguns sectores da sociedade, usufruindo de uma liberdade de expressão para que não lutaram, vêm a lume e à praça pública, tentar intelectualizar e dar um tom de seriedade e dignidade – na defesa dos seus próprios interesses – a práticas retrógradas que nos envergonham a todos e que estão mesmo condenadas a ir para o caixote do lixo da evolução da humanidade. Alguns amigos estrangeiros sentem-se chocados e sem argumento quando esta prática bárbara lhes é apresentada como “cultural” e “very tipical”. Mas não é preciso muito para desmontar este élan argumentativo. De facto, aquilo não é nem uma arte nem um desporto. O desporto humano apela e reforça o aperfeiçoamento de quem o pratica. É aberto a todos e ignora condições sociais de classe na admissão dos praticantes. E o sucesso depende do desempenho efectivo. Não está garantido pela família de origem. Aqui não. Filho e neto de toureiro, toureiro vem a ser. Como por ordem divina ou monárquica. O mais pobres fazem-no a pé ou mesmo sem instrumentos enfrentando com o peito os cornos do bicho e da vida. Faziam todos parte do mesmo universo social e “cultural”. Mas cada um era para o que nascia. Quanto àquilo ser “arte”… valha-nos Deus. Gente que se delicia esteticamente e se considere superior por ser mais inteligente que um animal a que espetam ferros e pôem a sangrar. Ou matam mesmo.
Não se percebe bem porque é que chamam “debate” a isto, ou que é que aqueles senhores vão lá “debater”.
ResponderEliminarToda a gente sabe que essa coisa da dita “tauromaquia” é uma prática tradicional de alguns países do sul da europa (já exportada para outros lados do planeta, bem entendido) e que, por ser antiga e por haver quem goste, se tenta passar a ideia de ser uma coisa cultural.
Mas de facto é tão cultural quanto o é a burca nas mulheres árabes, a mutilação genital feminina, o casamento de crianças ou o apedrejamento enquanto forma de punição. O celibato dos padres ou a proibição do divórcio. A porrada nas crianças nas escolas “para aprenderem”; a proibição das enfermeiras se casarem. Etc., etc., etc..
O mundo está ainda em pleno e muito difícil aperfeiçoamento. E alguns sectores da sociedade, usufruindo de uma liberdade de expressão para que não lutaram, vêm a lume e à praça pública, tentar intelectualizar e dar um tom de seriedade e dignidade – na defesa dos seus próprios interesses – a práticas retrógradas que nos envergonham a todos e que estão mesmo condenadas a ir para o caixote do lixo da evolução da humanidade.
Alguns amigos estrangeiros sentem-se chocados e sem argumento quando esta prática bárbara lhes é apresentada como “cultural” e “very tipical”.
Mas não é preciso muito para desmontar este élan argumentativo.
De facto, aquilo não é nem uma arte nem um desporto. O desporto humano apela e reforça o aperfeiçoamento de quem o pratica. É aberto a todos e ignora condições sociais de classe na admissão dos praticantes. E o sucesso depende do desempenho efectivo. Não está garantido pela família de origem. Aqui não. Filho e neto de toureiro, toureiro vem a ser. Como por ordem divina ou monárquica. O mais pobres fazem-no a pé ou mesmo sem instrumentos enfrentando com o peito os cornos do bicho e da vida.
Faziam todos parte do mesmo universo social e “cultural”. Mas cada um era para o que nascia.
Quanto àquilo ser “arte”… valha-nos Deus. Gente que se delicia esteticamente e se considere superior por ser mais inteligente que um animal a que espetam ferros e pôem a sangrar. Ou matam mesmo.
Não se percebe bem porque é que chamam “debate” a isto, ou que é que aqueles senhores vão lá “debater”.
ResponderEliminarToda a gente sabe que essa coisa da dita “tauromaquia” é uma prática tradicional de alguns países do sul da europa (já exportada para outros lados do planeta, bem entendido) e que, por ser antiga e por haver quem goste, se tenta passar a ideia de ser uma coisa cultural.
Mas de facto é tão cultural quanto o é a burca nas mulheres árabes, a mutilação genital feminina, o casamento de crianças ou o apedrejamento enquanto forma de punição. O celibato dos padres ou a proibição do divórcio. A porrada nas crianças nas escolas “para aprenderem”; a proibição das enfermeiras se casarem. Etc., etc., etc..
O mundo está ainda em pleno e muito difícil aperfeiçoamento. E alguns sectores da sociedade, usufruindo de uma liberdade de expressão para que não lutaram, vêm a lume e à praça pública, tentar intelectualizar e dar um tom de seriedade e dignidade – na defesa dos seus próprios interesses – a práticas retrógradas que nos envergonham a todos e que estão mesmo condenadas a ir para o caixote do lixo da evolução da humanidade.
Alguns amigos estrangeiros sentem-se chocados e sem argumento quando esta prática bárbara lhes é apresentada como “cultural” e “very tipical”.
Mas não é preciso muito para desmontar este élan argumentativo.
De facto, aquilo não é nem uma arte nem um desporto. O desporto humano apela e reforça o aperfeiçoamento de quem o pratica. É aberto a todos e ignora condições sociais de classe na admissão dos praticantes. E o sucesso depende do desempenho efectivo. Não está garantido pela família de origem. Aqui não. Filho e neto de toureiro, toureiro vem a ser. Como por ordem divina ou monárquica. O mais pobres fazem-no a pé ou mesmo sem instrumentos enfrentando com o peito os cornos do bicho e da vida.
Faziam todos parte do mesmo universo social e “cultural”. Mas cada um era para o que nascia.
Quanto àquilo ser “arte”… valha-nos Deus. Gente que se delicia esteticamente e se considere superior por ser mais inteligente que um animal a que espetam ferros e pôem a sangrar. Ou matam mesmo.