sábado, 29 de setembro de 2018

Afinal, arsenal roubado em Tancos estava no concelho de Tomar

Afinal, as munições, granadas e bombas que desapareceram dos paióis de Tancos estavam escondidas na propriedade da avó do principal suspeito, no concelho de Tomar, e foram levadas para a Chamusca por dois elementos da GNR.

A revelação é feita na edição de hoje do Expresso que aponta uma localidade designada por "Portela de Carregueiros". No entanto, esta localidade não existe no concelho de Tomar, devendo tratar-se de uma confusão entre Carregueiros e uma das várias Portelas que existem no concelho.
De acordo com o Expresso, a versão do diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), o coronel Luís Vieira, era de que uma chamada anónima tinha fornecido indicações sobre o paradeiro do material desaparecido, num local ermo do concelho da Chamusca, e que isso levou a PJM a chamar o apoio de vários militares da GNR de Loulé.
Mas os dados das antenas e das portagens mostram que a chamada anónima foi feita de uma cabina telefónica no Montijo por um elemento da própria PJM e que, várias horas antes, dois elementos do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Loulé se deslocaram numa carrinha da PJM até uma propriedade em Portela de Carregueiros, no concelho de Tomar, que pertence à avó de, João Paulino, um ex-fuzileiro, principal suspeito do roubo.
Para o Ministério Público e para a PJ, essa propriedade, localizada a 35 quilómetros de Tancos, era o esconderijo original do material de guerra, e o seu transporte num carro da PJM serviu para dissimular os procuradores e inspetores.
Na tese que levou às detenções desta semana, os militares indiciados combinaram com o suspeito do furto uma forma de o Exército conseguir recuperar as armas e, em troca, João Paulino livrar-se de poder ser acusado do furto, o que passava por evitar que pudessem ser recolhidas quaisquer provas contra ele.
Tomar entra também neste insólito caso porque é no Estabelecimento Prisional Militar de Tomar que estão detidos os militares implicados.

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