A Santa Casa da Misericórdia de Tomar lançou no dia 19 o concurso público para reabilitação da igreja de Nª Srª da Graça, propriedade da Misericórdia e situada na av. Cândido Madureira.
O preço base para a obra é de 296.933.42 euros, a que acresce o IVA. Oito meses é o prazo de execução da empreitada.
Para esta obra, a Misericórdia de Tomar conseguiu um financiamento de 231.576,30 euros, que resulta de uma candidatura ao Fundo Rainha D. Leonor, criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em colaboração com a União das Misericórdias Portuguesas.
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Não deixa de ser sintomático,
ResponderEliminarnum país que se diz democrático, republicano e laico.
Um concurso público onde a entidade adjudicante é a Santa Casa da Misericórdia, coloca-nos perante a teologicoracional dúvida sobre o ser e o ter.
Como atingiu a Santa Casa o suum existencial de ente público?
De quem são afinal as igrejas?
A quem compete a sua conservação e restauro?
Começa a ficar claro porque é que a sannta madre igreja tem vindo a ser infestada por politicos.
Problemático será quando.
A igreja é propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Tomar, desde à cerca de 507 anos. A Misericórdia iniciou em 1510. Todas as Misericórdias têm igrejas, mas fazem o mesmo desde a sua fundação, apoio à saúde e aos necessitados. http://www.scmt.pt
Eliminarhttps://www.ump.pt
Se pretender mais esclarecimentos,poderei ajudar, mas se visitar os endereços que aqui coloquei poderá recolher boa informação que lhe pode ser útil.
Senhor António Alexandre
EliminarNão foi por ignorar a quem pertence a referida igreja que eu me manifestei.
Poderia ser interessante aprofundar essa questão para compreeender a motivação de excepcionar a sua apropriação pelo estado, como muitas mais.
Mas a questão é mesmo política.
Se a referida igreja é da Santa Casa de Tomar porque são as referidas obras públicas?
E que cargo público assumiu o senhor que lhe transmita a veste de ente público para lançar concurso público em nome do povo?
Seria óptimo para a democracia portuguesa que o senhor, acautelando a mesma transparência do contrato que agora promove, publicasse as contas consolidadas do ente que dirige.
Seria certamente interessante. Talvez assim se ficasse a perceber como é que sendo propósito de todas as Misericórdias desde a sua fundação apoiar a saúde e acudir aos necessitados aí enquadrou obras desta sua igreja.
O Estado e a Egreja estão intrincados numa translúcida concordata de poderes e interesses financeiros onde não me revejo.
Isso é engraçado, esta instituição está com graves problemas financeiros, à beira de despedir funcionários e vai fazer investimentos desta monta.
ResponderEliminarNa dúvida se querem ou não ser esclarecidos, respondo.
ResponderEliminarConcurso publico, é a forma de respeitar regras rígidas e claras da aplicação dos dinheiros e de todo o processo, do concurso, adjudicação e execução da obra e dos respectivos pagamentos. Até porque concorrendo aos Fundos que vão suportar a maioria dos custos, isso é também uma das regras, que temos de respeitar e aplicar. Quanto ás contas da SCMT, elas são publicas e publicadas na pagina na Internet da Misericórdia de Tomar, até porque sendo também uma IPSS, a isso somos obrigados e cumprimos. Uma Instituição com mais de 500 anos de História em Tomar, que tem património e serviço que acompanhou todas estas gerações, teve e tem momentos melhores e piores, no caso ter 242 utentes que apoia diariamente e cerca de 150 pessoas a trabalhar, é como se pode calcular, importante e até fundamental para muitas famílias de Tomar, com os seus 1.900.000,00 € anuais com custo com o pessoal, para dar uma pequena ideia das coisas. Garanto que o momento não é bom (como em muitos outros lados) mas os órgãos sociais, sabem o que fazer, para ultrapassar a situação.