Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que há menos bebés em Tomar. As mães residentes no concelho tiveram em 2017 apenas 193 bebés, menos 24 por cento do quem em 2016. Há décadas que não “nasciam” tão poucos bebés em Tomar.
Os dados do INE referem-se a nados-vivos por local de residência da mãe, sendo que a maior parte dos partos são feitos na maternidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo, em Abrantes.
Um dado curioso das estatísticas é que nascem mais meninos do que meninas. Em 2017, as mães tomarenses tiveram 103 meninos e 90 meninas.
Nados-vivos (Nº) por local de residência da mãe - Tomar
2017 – 193
2016 – 254
2015 – 224
2014 – 196
2013 – 217
2012 – 291
2011 - 245
Fonte: INE
Se isto se devesse ao decréscimo de natalidade que se regista por todo o país, já era suficientemente preocupante, mas, no concelho de Tomar, deve-se também ao decréscimo de população ativa, sobretudo na faixa etária onde é mais frequente a constituição de família (até aos 35/40 anos, pela tradição mais recente).
ResponderEliminarE porquê? Porque Tomar não cria postos de trabalho, não incentiva o investimento, não tem indústria, não oferece condições para que os jovens se fixem.
Tomar está uma verdadeira "cidade-lar-de-terceira-idade", cheia de aposentados e trabalhadores com muita idade que se arrastam, principalmente, pelos serviços públicos, por verem a sua aposentação cada vez mais longe.
Mas nem esses tomarenses idosos ou pré-idosos podem ter uma vida tranquila, pois, se precisarem de cuidados de saúde, estão sujeitos ao tratamento que a comunicação social já denunciou existir no Centro Hospitalar do Médio Tejo, sobretudo em Abrantes.
E o poder autárquico o que faz? Investe em obras de requalificação de Várzeas, ruas arborizadas e afins, coisas importantes, sem dúvida, mas que se arriscam a ser verdadeiros oásis num deserto de concelho despovoado. É uma questão de prioridades.