terça-feira, 30 de agosto de 2016

Junta de freguesia “despede” trabalhador que denunciou “exploração”

Um homem que recebe o RSI - Rendimento Social de Inserção e que estava colocado na junta de freguesia urbana de Tomar foi dispensado depois de escrever um texto de protesto contra a “exploração” de que era alvo.
Na edição de 4 de agosto, António Mendes escreveu no jornal O Templário um artigo a denunciar o facto de se sentir explorado por receber 4,27 euros por cinco horas de trabalho, valor que corresponde ao subsídio de almoço.
Os beneficiários do RSI trabalham 15 horas por semana e recebem 50 e poucos euros por mês. “É quase uma escravatura”, denuncia.
Outro problema são as condições em que estas pessoas trabalham. Segundo António Mendes o trabalho de limpeza de valetas, aplicação de massa de alcatrão, corte de mato e ervas com moto roçadoura, etc, “é feito sem o uso de proteção individual no trabalho”.
A junta de freguesia não gostou do que leu e “despediu” o trabalhador.
O texto publicado no jornal O Templário de 4 de agosto

7 comentários:

  1. Então mas esses 4,27 € não são para "juntar" ao RSI ? Ou seja, na realidade deve receber RSI + os tais 50 € / mes adicionais. Ou nao estou a ver bem a coisa ?

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  2. Os 4,27€ são o subsidio de almoço diário pago pela Junta e que somam ao RSI pago pela Segurança Social...
    Esta carta vem explicar mal as coisas, parece-me!!
    Independentemente disso é uma exploração alguém receber ninharias destas pelo trabalho prestado, mas a Junta em nada é responsável, apenas cumpre a Lei...
    Despedir o Senhor também não parece a atitude mais correcta, ele se quisesse despedia-se...

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  3. Cumprir a lei é a verdade! De qualquer modo mais uma vez se verifica a falta de bom senso de um órgão do Estado cada vez mais falido de dinheiro e de consideração social.

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  4. O presidente da união de freguesias de Santa Maria dos Olivais e São João Batista deveria clarificar este assunto, em todo o caso o mesmo tem sempre direito a resposta nos termos previstos na lei. Pois mas este senhor esqueceu-se de dizer quanto é que recebe de RSI. Interessa é questionar se Junta de Freguesia cumpriu ou não a lei.? No caso de ter cumprido a queixa ou carta apresentada não tem qualquer tipo de fundamento. Se é uma exploração talvez, mas eu que detenho habilitações muito mais elevadas, estou a tirar um estagio curricular onde me pagam apenas o subsidio de almoço. Quanto a utilização dos equipamentos de segurança a lei é menos apertada no sector publico do que no privado. Em todo modo, cabe a Junta de freguesia disponibilizar os equipamentos de segurança necessários e dar formação sobre a sua utilização. No Caso da Junta cumprir a sua obrigação e o trabalhador não o utiliza EPI, terá que arcar com a sua responsabilidade. Em todo caso não existe qualquer despedimento, pois não existiu qualquer concurso público para ocupação do posto de trabalho em causa. Todos temos o direito a liberdade de opinião, em todo o caso, caso não haja fundamento legal na queixa apresentada a junta em causa, a entidade poderá apresentar uma queixa em tribunal por difamação

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  5. O lamentável no meio deste processo, é que deveria a lei ser alterada para que apenas fosse uma entidade a efetuar o referido pagamento mensal, ainda que posteriormente fossem acertadas as atribuições pelas entidades envolvidas.
    Estes senhores, obviamente, não todos passam anos a viver à custo dos contribuintes, queixando-se como se pode constatar neste retrato que recebem pouco. É verdade, todos ganhamos pouco. Certo é, que qualquer um desses abrangidos pelo RSI, mais os 4,27€ diário, subsidio de transporte, mais 20% por estarem colocados. Conclusão levam mais para casa que aqueles que estão colocados por tempo indeterminado.
    Esta é que é toda a verdade e ainda por cima não são considerados trabalhadores,não podendo efetuar muitos dos trabalhos que são distribuídos aos outros, podendo ainda faltar quatro dias por mês.
    E quase todos por não serem trabalhadores efetivos não se julgam com o dever de trabalhar tanto como os efetivos...

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  6. Esta noticia não devia estar aqui. Para aquelas, pessoas que dizem para as pessoas que estão, no desemprego para irem trabalhar. Mas não sabem, é o que elas são sujeitas ás humilhações, é como senhor Porque aqui uns anos o meu pai estava no desemprego, e não vou dizer qual a freguesia, em que queriam que ele andasse na estrada, com um dumper. Aquelas maquinetas, sem seguro. Como ele recusou andavam a fazer-lhe a vida num inferno. Até que ele foi, ao centro de emprego queixar-se. Mas pessoas tem medo de perder o pouco que recebem, e sujeitam-se.

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  7. São juntas saloias, medievais, que não respeitam os cidadaos e nada fazem ou sabem por eles.

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