Este atraso deve-se em grande parte à forte precipitação das últimas semanas o que fez atrasar a montagem do açude tendo em conta o maior caudal do rio.
É um trabalho anual do pessoal da câmara que é feito para manter a tradição e preservar um património que tem raízes árabes.
Sobre a origem das rodas e açudes no rio Nabão:
“Os açudes e as rodas do Nabão são motivos tomarenses típicos e únicos. Em nenhum outro rio do País encontramos rodas e açudes com as características peculiares às rodas do Nabão. Existem algumas rodas e açudes parecidos com os do Nabão mas com o mesmo volume, estruturas e lançamento não se conhecem.
Cremos que a herança árabe passou, em pureza, de geração em geração tomarense. Os nossos açudeiros e construtores de rodas seguiram sempre as linhas tradicionais.
Represada pelos açudes de estacaria, a água encaminhava-se para os canais das rodas em forte corrente. Corria e batia nas penas das rodas. Empurrava-as. A frente das penas, atados nas cintas exteriores (cintas ou arcos) iam os alcatruzes que mergulhavam, enchiam, subiam, despejavam nos “tabuleiros” e lá seguia a água para o “calheiro real” e, daí, por canos ou aquedutos. E, assim, chegava a água a hortas e pomares.”
(…)
Jaime Magro
In “Tomar Perspectivas” - 1991
O excerto é de Nini Ferreira no artigo seguinte ao de Jaime Magro.
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