Nos últimos meses o grupo dos Independentes de Tomar pôs fim ao acordo que vigorava desde o início do mandato. Os eleitos desta força política entregaram o pelouro na junta e demitiram-se da presidência da assembleia.
A semana passada a CDU emitiu um comunicado com duras críticas aos Independentes e onde o PSD também é alvo de algumas acusações.
A CDU condena “o comportamento do PSD e dos IpT por “não deixar fazer”, o “desestabilizar”, o “criar obstáculos”, tudo contra os interesses dos fregueses”.
Publica na íntegra o comunicado na CDU:
“COMUNICADO DA CDU DE TOMAR SOBRE A ÚLTIMA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DA JUNTA URBANA DE TOMAR DE 04/04/2016
A CDU de Tomar, quando assinou uma base de entendimento com o PS de Tomar, após as eleições autárquicas de 29 de setembro de 2013, para a Câmara Municipal de Tomar e para as Juntas, entre as quais a Urbana, comprometeu-se, como é público a:
• A viabilizar os instrumentos essenciais da gestão das freguesias;
• A salvaguardar a identidade de qualquer das forças politicas em termos de posições nacionais;
• As duas forças políticas exercerem autonomamente o seu trabalho partidário dentro de um espírito de respeito pelos termos da presente base de entendimento e das decisões acordadas;
• A haver sempre um prévio esforço para convergências em questões de propostas políticas;
A CDU de Tomar considera de grande responsabilidade a assinatura de uma base de entendimento, que tem por objetivo a aplicação de um programa sufragado nas urnas para a resolução dos problemas das populações, criando as condições para o seu desenvolvimento durante um mandato de 4 anos.
Ora, é de facto muito estranho que uma força, o IpT (Independentes por Tomar) que assinam um acordo com o PS, para fazer parte do executivo da Junta Urbana e receber a Presidência da Mesa da Assembleia de Freguesia, de modo a que houvesse estabilidade no executivo minoritário do PS, tendo ainda o apoio da CDU, tenha obstaculizado desde o início o funcionamento da Junta. Igualmente estranho, é que, quem tanto “apregoa” pela transparência, não tenha tornado público esse acordo.
Relembramos aos fregueses da união das freguesias de S. João Baptista e Santa Maria dos Olivais que foram necessárias 6 assembleias de freguesia, para que as forças políticas IpT e PSD, viabilizassem o executivo da Junta de Freguesia composto pelo PS e CDU, logo a seguir às eleições autárquicas.
Relembramos igualmente o triste acontecimento verificado na assembleia de freguesia de 12 de dezembro de 2014, com a atitude do Sr. Presidente da Assembleia de Freguesia, do IpT, pela sua falta de cultura democrática e incapacidade de diálogo construtivo que demonstrou com os demais representantes dos cidadãos tomarenses nessa reunião, que levou a CDU a apresentar publicamente o seu protesto.
A atitude nada colaborativa, mesmo fazendo parte do executivo da Junta e estando na Presidência da Mesa da Assembleia de Freguesia, culminou na assembleia de freguesia de 14 de dezembro de 2015, com o chumbo do orçamento e grandes opções do plano para 2016, apresentados pelo executivo liderado pelo PS.
Em resultado dessa posição dos IpT, por ter chumbado o orçamento da freguesia para 2016 e por ter aprovado uma moção a favor do encerramento do posto dos CTT que funciona em instalações da junta, votação essa em que o IpT se juntou ao PSD, o PS de Tomar, rompeu o acordo de entendimento com o IpT no executivo da Junta de Freguesia Urbana, tendo retirado o pelouro da área social, ao vogal, daquela força.
Ou seja, assina-se um acordo, “desconhecido”, para criar instabilidade no executivo e faits-divers na assembleia de freguesia, com o intuito de nada resolver e tudo boicotar.
Na última assembleia de freguesia de S. João Baptista e Santa Maria dos Olivais, de 4 de abril de 2016, os IpT e o PSD tornaram a chumbar, o orçamento da freguesia para 2016.
Aqui consideramos incongruente, a posição do PSD de Tomar, que votando contra o orçamento para 2016, vote favoravelmente a celebração do protocolo para intervenção no perímetro urbano e se abstenha para o contrato interadministrativo de delegação de competências entre o município de Tomar e a Freguesia Urbana, estes últimos dependentes do orçamento, que foi rejeitado.
A CDU de Tomar perante este tipo de comportamento, do PSD e dos IpT, vem publicamente condenar o “não deixar fazer”, o “desestabilizar”, o “criar obstáculos”, tudo contra os interesses dos fregueses.
O Vogal da CDU na Junta Urbana, que não exerce o mandato em regime de permanência ou de meio tempo, e com a responsabilidade da Ação Educativa e da Cultura, tem desenvolvido um importante trabalho nestas áreas. Reconhecendo a complexidade destas tarefas, no que diz respeito às Escolas do 1.º Ciclo, nas novas delegações atribuídas pela Câmara, não deixará de corresponder perante os problemas por resolver.
A CDU de Tomar, porque continua e continuará a afirmar que “é o Futuro que nos interessa” prossegue com a intenção de apoiar e realizar, como parceiro, sempre preocupado com a melhoria das condições de vida dos habitantes da freguesia, mesmo com os votos contra dos IpT e PSD.”
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