sábado, 16 de abril de 2016

La Belle et la Bête*

Opinião

"La Belle et la Bête"* é um clássico francês do século XIX da autoria de Jeanne-Marie Le Prince de Beaumont. Trata-se de um conto de fadas que relata a relação que, por vicissitudes da vida, uma jovem se vê obrigada a ter com um monstro. Há várias versões desta interessante novela, sendo que a Walt Disney a imortalizou com a sua versão em banda desenhada para crianças.
A história conta-se num ápice.
Tudo começa com um abastado mercador a perder toda a sua fortuna. Das suas três filhas, enquanto as duas mais velhas são vaidosas e cheias de futilidades, a mais nova é séria e compenetrada dos problemas do pai. Um dia, o mercador ao deslocar-se à cidade, recebe das filhas mais velhas pedidos de bugigangas e vestidos enquanto a mais nova, ciente dos problemas financeiros do progenitor, pede-lhe simplesmente uma rosa. O pai, no caminho de regresso, por causa duma tormenta, acolhe-se numa mansão onde lhe são disponibilizadas todas as honrarias e confortos sem que se aperceba quem é o anfitrião. No dia seguinte, à saída, colhe uma rosa e eis que lhe surge o proprietário que mais não é que um monstro que lhe exige em pagamento a entrega duma das filhas. Está-se a ver que é novamente a filha mais nova que se disponibiliza para o supremo sacrifício, indo viver na mansão com a criatura. A fera enche a rapariga de jóias e soberbas vestimentas na tentativa de colher o seu agrado. Acaba mesmo pedindo a jovem em casamento. A jovem recusa e volta para casa do pai. Entretanto sabendo que o monstro se encontra à beira da morte com o desgosto provocado pela decisão da rapariga, esta volta decidida a casar. Eis que tomada esta decisão, o monstro se transforma num formoso príncipe. A moral da história reside no justo retorno pelo altruísmo da devoção ao outro.
Vai daí, haverá seguramente quem na sua santa ignorância, ao conhecer esta história, por opção, tenha decidido juntar-se a um monstro na esperança de que um dia este pudesse transformar-se num belo príncipe...
Vã esperança, acaba por concluir ao ver passar os anos e o monstro a ficar cada vez mais monstro...
Será pois caso para ficar a cismar se aquilo do monstro virar príncipe ser apenas coisa de conto de fadas... ou, quem sabe, ser culpa própria dado tratar-se duma qualquer e vulgar ana, sem nada de bela!
E assim, a moral desta segunda história é a seguinte: "Um mal nunca vem só. Fealdade e estupidez andam demasiadas vezes de mãos dadas".
                                                                     José da Silva
*A Bela e o Monstro

2 comentários:

  1. O autor enganou-se. Não se trata de um conto de fadas mas, no caso tomarense em apreço, de um conto de fodas. Daí os sucessivos percalços, uma vez que, como é bem sabido, a carne é fraca...

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  2. O autor enganou-se. Não se trata de um conto de fadas mas, no caso tomarense em apreço, de um conto de f*d*s. Daí os sucessivos percalços, uma vez que, como é bem sabido, a carne é fraca...

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