quinta-feira, 21 de abril de 2016

A água

Opinião

A água é essencial à vida.
A descoberta das suas moléculas em Marte levou imediatamente os cientistas a equacionarem a existência de vida nesse planeta. Do mesmo modo, seguindo aquele raciocínio, concluímos imediatamente que, se há água em Tomar, logo deve existir vida neste microcosmos ribatejano...
E de facto, assim é. Ou melhor, é assim, mas corremos o risco de vir a deixar de o ser! Confuso? Passo a explicar.
Ultrapassados os primórdios da nossa evolução, percorremos um longo caminho de mais de 400 milhões de anos na nossa evolução, ascendendo à nossa atual circunstância de seres complexos e estruturados. Vai daí, engendrámos meios de medir a evolução desta nossa condição humana. Vários indicadores foram para esse efeito criados. O IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, por exemplo, é um dos mais conhecidos. Passámos então a medir os avanços e os retrocessos das nossas sociedades percebendo, tristemente, que algumas podem regredir e muito. E a questão que então se colocou foi a seguinte: temos como adquirido que a água é essencial ao desenvolvimento humano. E haverá alguma circunstância em que a mesma seja responsável pelo seu retrocesso? Depois de muito meditarmos, concluímos que sim.
A água, conquanto fonte de vida, também pode encerrar a sua destruição! E em que condições pode tal suceder?

Abro aqui um parenteses para chamar a atenção que, agora, não me refiro àquela água que corre nas linhas de água, ou em interstícios geológicos no subsolo ou até àquela que cai sob a forma de chuva, granizo ou neve. Não! Essa, qualquer aluno do quarto ano, com exame ou sem exame no final do ano letivo, sabe que é fonte de vida. Mais, é o motor de fixação e desenvolvimento de formas superiores de vida como seja o caso do ser humano. Neste particular, Tomar não falhou a lógica evolucionista e lá andou por diante, durante muitos e longos milhares de anos, muito centrada na água que correu no seu seio. Fecho o parenteses.

Referimo-nos a outra água. Sim aquela "água" que os nossos autarcas PS/CDU teimam em meter aos hectolitros nas teias da sua má governação. Acontece que, quanto mais água mete o nosso governo local, mais descem os indicadores do nosso desenvolvimento humano. Por vezes, até parece que ao meterem tanta água, mais parece querer transformar tudo isto num monumental deserto... Salvo um ou outro oásis, como seja o caso da encosta do mercado…
É deveras estranho que "meter água" acabe por criar desertos... Mas, é mesmo assim!
Chegados aqui, dirão os do costume que há exagero nas minhas palavras ao que eu retorquirei que não!
Nestas coisas da ciência é sempre melhor dar exemplos.
Por exemplo, o edifício destinado a funcionar como Residências Assistidas da Santa Casa da Misericórdia de Tomar, corre muito mais o risco de ir na enxurrada provocada pela má gestão PS/CDU do que numa remota cheia do rio Nabão...ou seja, a “água” metida pela gestão socialista-comunista neste caso, afigura-se muito mais gravosa do que uma qualquer habitual cheia do nosso rio...
Então, tenho ou não tenho razão?
Sendo assim, será ou não verdade que por este andar, com a "água" sucessivamente metida pela atual gestão PS/CDU, corremos o sério risco de ver Tomar transformada numa daquelas inóspitas paisagens do planeta Marte?
                                                       José da Silva


1 comentário:

  1. Já que estamos a falar de água, comecemos pelo SMAS. De certeza que não foi a menina do balcão de atendimento do SMAS que deu o OK para "algumas" pessoas não pagarem. Ou foram quadros intermédios que autorizaram ou então foram administradores (leia-se vereadores/presidente). E de certeza que alguns que foram poupados eram pessoas que bebiam a sua água com sabor a laranja ou rosa... Daí que o Hugo diga já que não vai acontecer nada (PS) e o PSD está caladinho que nem um rato, porque têm os rabos presos uns aos outros. Mesmo assim acho que foi uma boa jogada do Pedro Marques, porque entala o Bruno/PCP. Se ele na administração se impôr e não deixar passar a situação em claro, vai acabar a coligação. Se ele lavar as mãos, quando for altura das eleições isto vai voltar a surgir, e ele já não vai poder dizer que não sabia de nada. É uma factura que só para o ano vai vir e vai ser paga, com juros.

    Quanto às residências, as obras foram feitas com uma licença "manhosa", no mínimo! Não cumpre o que está estipulado no Plano de Pormenor do Flecheiro e além disso a construção está abaixo da cota de cheia...
    É muito gira a conversa que a câmara tem má gestão deste processo, mas o pai da criança é o PSD e a gerência da Misericórdia. E agora pergunto eu: E se a Câmara altera o PP do Flecheiro e aldraba os valores das cotas de cheias e à posteriori é dada a licença. Havendo problemas na utilização do edifício, o que é que a Misericórdia vai exigir? Indemnização da Câmara (paga por nós) por ter autorizado a construção em zona proibida.

    Desta vez José, o tiro foi ao lado.
    Mas acontece a todos

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