terça-feira, 29 de março de 2016

A máquina*

Opinião

António Gameiro gere com maestria a Federação Socialista de Santarém.
A Moção de Estratégia - "Unir o Ribatejo, ganhar 2017" - aprovada por unanimidade dos 250 delegados socialistas presentes na reunião magna de 19 de março, é bem prova disso. Atendendo ao simbolismo do dia poderíamos atrever-nos a usar a expressão, "não há pai" para o Gameiro... Ou melhor dizendo, ele é o Pater Familias dos socialistas ribatejanos.
Não há agora a menor sombra de dissidência, voz discordante, opinião diferente. Os socialistas, apesar das enormes tensões que grassaram recentemente no seu seio, parecem ter enterrado os "machados de guerra" internos, fumado o "cachimbo da paz" e estarem-se a preparar para a batalha eleitoral de 2017, agindo como um só corpo, bem treinado, motivado, em que só a vitória lhes serve.
Nesta moção de designação tão sugestiva, "ganhar 2017", os socialistas preparam-se para averbar nova retumbante vitória no distrito, onde já colecionam 13 presidências de câmara e 82 presidências de juntas de freguesia. A palavra de ordem dos socialistas é tudo fazerem para manter o score eleitoral de 2013, reforçar e/ou manter as posições assumidas nos principais municípios do médio tejo, com Tomar e Ourém à frente nas preocupações do líder distrital.
Nesta federação, os socialistas de Tomar contam. Luís Ferreira articula bem com o líder federativo. Soube colocar em lugar elegível para a AR o pupilo Hugo Costa ao garantir o quarto lugar da lista para Tomar. Agora transporta para a comissão política uma mão cheia de correligionários tomarenses. O PS Tomar tem peso político ao nível distrital e isso é mérito praticamente exclusivo de Luís Ferreira. É verdade que as opções passadas de apoio a António José Seguro em detrimento de António Costa, seguidas de excessos de linguagem na peleja que se instalou entre estes dois candidatos a secretário-geral,  afastou o PS Tomar das estruturas nacionais do partido, a par de desnecessárias feridas no distrito, como seja o caso dos antagonismos com a líder de Abrantes. Enfim, nada que agora Luís Ferreira, laboriosamente, não volte a tentar reconquistar.
Enquanto isto sucede, os social-democratas ribatejanos parecem mergulhados em profunda letargia... É verdade que terão o seu congresso nacional a 1, 2 e 3 de abril. Não sei é se a apresentação da Moção de Estratégia nacional deste partido num qualquer 1 de abril seja de bom augúrio para o mesmo... Pelo menos, em matéria autárquica e no que ao distrito de Santarém diz respeito, se comparássemos a moção social-democrata a uma cartola, era fundamental que dela conseguissem extrair um coelho... de outro modo, resta-lhes continuar acantonados em Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Rio Maior e Santarém.
                                                      José da Silva
*Por oposição a "geringonça".

1 comentário:

  1. mas este não é o tal advogado envolvido num esquema que lesou uma emigrante? E não foi o mesmo que est´ligado aos negocios do Sócrates? Perguntar não ofende!!!!!

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