sábado, 6 de fevereiro de 2016

Self made woman (part two)

Opinião

Esperando que a raiva duns tenha esfriado e a curiosidade de todos tenha aumentado, vamos lá continuar essa apreciação da self made woman: yes or no!
Dizia-se antes que Anabela Freitas apesar de ter vencido as dificuldades na sua passagem pela infância e juventude não podia ser considerada uma self made woman. Aqui não se trata de qualquer falta de sentimento cristão (ou republicano...) pelas dificuldades alheias, ou muito menos falta de apreço pela superação das mesmas.
Pelo contrário, quem enfrenta dificuldades e as supera merece seguramente crédito por esse facto.
Então no caso de Anabela Freitas porquê é que isso não acontece?
Pela simples análise do seu comportamento político.
Uma pessoa é considerada "self made" quando "sobe na vida a pulso" sem prejuízo do concomitante desenvolvimento de valores caros à nossa sociedade.
Por exemplo, quando Anabela Freitas decide nomear o seu companheiro/marido para seu chefe de gabinete, não incumpre norma legal mas, pisa regras éticas básicas. Quem bem a alertou para esse facto foram os seus próprios pares socialistas e particularmente o seu vereador comunista.
E quando se sabe que o fez contrariando o que anteriormente tinha garantido?
Para estes comportamentos há um nome!
Basta relembrar a estupefacção que se abateu no dia 1 de novembro de 2013 sobre os seus camaradas de vereação ao tomarem conhecimento que acabara de ser nomeado Luis Ferreira para seu chefe de gabinete numa atitude de facto consumado, contrariando todas as garantias antes dadas de que isso não sucederia.
E mais recentemente. Haverá alguém que acredite que Anabela Freitas não estava totalmente a par da tramitação do processo de mobilidade do seu companheiro/marido para o município a que preside?
Que imagem é dada a toda uma sociedade quando a presidente duma câmara municipal desencadeia um processo, no meio de outros, que culmina na transferência do seu companheiro doutro município para o seu? É verdade que pode vociferar que tudo é legal e ver ser-lhe dada razão mas, aquilo a que não consegue fugir é a mais um comportamento ético questionável.
E na entrevista ao Cidade Tomar quando tem a desfaçatez de dizer que aquilo que prometeu aos tomarenses na campanha eleitoral conseguir em 100 dias é agora para ser conferido ao final de 4 anos.
Poder-se-ia continuar por aqui adiante mas, basta!
O ponto é este:
Anabela Freitas terá vencido as dificuldades e os desafios da infância e juventude como dá conta emocionadamente na sua entrevista ao CT mas o que não pode é ser considerada uma self made woman pelos traços de personalidade que teima em exibir na sua vida pública:
Dizer uma coisa e fazer outra;
Tratar a ética como uma batata;
Prometer e não cumprir;
Jogar com as palavras;
etc.
Subir a pulso, conseguir guindar-se a cargo de representação pública e depois pretender fazer dos seus concidadãos parvos tem um nome, ou melhor vários nomes. Aqui ficam alguns:
Embuste, chico-espertismo, populismo, etc., isto para se procurar ser cortês.
Como bem dizia Abraham Lincoln:
"You can fool same of the people all the time, and all of the people some of the time, but you can not fool all the people all of the time."*
And that is a fact! (E isto é um facto!)
                                                                  José da Silva

Self made woman (part one)

*“Pode-se enganar alguns todo o tempo e todos por algum tempo, mas não se pode enganar todos todo o tempo”.

2 comentários:

  1. *“Pode-se enganar alguns todo o tempo e todos por algum tempo, mas não se pode enganar todos todo o tempo”.

    Esta afirmação em Portugal não se aplica.
    Os Portugueses andam a ser enganados à 40 anos e adoram ser enganados, pois caso contrario a abstenção seria em redor dos 85 ou 90%, e não seria mais porque os boys partidários e as suas elites claro que votam nos seus partidos.
    Como pode alguém no seu juízo perfeito continuar a votar num partido que por três vezes foi o responsável pela vinda do FMI/Troika. Brevemente será a 4ª vez, e aí meus amigos a coisa vai doer, pois quem empresta, pode e deve impor condições para garantir o pagamento do empréstimo, e não haverá Constituição que nos salve, pois caso contrario entramos em DEFAULT....
    Portugal precisa urgentemente de uma profunda reforma do sistema politico, coisa que PS/PCP/BE/PSD/CDS nunca na vida farão essa reforma, a não que sejam obrigados pela comunidade internacional que é quem nos empresta o dinheiro para viver...

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