domingo, 8 de novembro de 2015

Segurança em Tomar – caso político ou de polícia

José Delgado*

Quem já não ouviu falar da insegurança no Concelho de Tomar...
Quem já não sentiu por perto a insegurança no Concelho de Tomar...
Quem já não sentiu a insegurança de deixar sair os filhos ou os netos na noite do concelho de
Tomar...
Quem é que não está preocupado com a insegurança no concelho de Tomar...
Decerto continuaríamos com muitos... quem... mas quem não vemos preocupado com a insegurança no concelho de Tomar é certamente, o presente executivo da Câmara Municipal de Tomar, que apesar dos imensos sinais e avisos, continua a assobiar para o lado, como se nada se passasse ou como se de outro concelho se tratasse.
Mas antes de continuar a explanar a minha preocupação e da maioria dos cidadãos, julgo ser importante que se perceba qual a importância do “Conselho Municipal de Segurança – (Lei no 106/2015, 1a alteração à Lei no 33/98) e quais os seus conteúdos e responsabilidades. “O Conselho Municipal de Segurança de acordo com a legislação em vigor, é composto pelo presidente da câmara municipal, pelo presidente da assembleia municipal, pelos presidentes de junta de freguesia, por um representante do ministério público, pelos comandantes das forças de segurança presentes no território do município, pelos serviços de bombeiros, pela proteção civil, entre outros e têm como principais objectivos...contribuir para o aprofundamento do conhecimento da situação de segurança na área do município, formular propostas de solução para os problemas de marginalidade e segurança dos cidadãos no respetivo município e participar em ações de prevenção, promover a discussão sobre medidas de combate à criminalidade e à exclusão social do município, aprovar pareceres e solicitações a remeter a todas as entidades que julgue oportunos e diretamente relacionados com as questões de segurança e inserção social, proceder à avaliação dos dados relativos ao crime de violência doméstica e por fim avaliar os números da sinistralidade rodoviária...”
A Câmara Municipal de Tomar liderada pelo partido socialista e pelo partido comunista, não atacam a insegurança no concelho de Tomar, porque:


- Não reúne o Conselho Municipal de Segurança;
- Não interage com as forças de segurança existentes no concelho;
- Não interage com os presidentes das juntas de freguesia sobre as condições de segurança;
- Não interage com os municípios confinantes de forma a debater as questões relacionadas com a segurança;
- Não envolve os empresários e as forças vivas do concelho, que potencialmente estão mais expostas às condições de insegurança;
- Não planeia e não reage às necessidades do concelho, em termos de segurança;
- Não tem como prioridade a segurança no concelho;
- Não tem uma política estruturante e consistente para o concelho de Tomar.
Esta é a triste realidade do concelho e também por aqui, voltamos a afirmar que com este executivo... “Tomar está de Luto”.
Sabendo todos nós, que a insegurança é um dos temas mais comentados e sentidos no concelho de Tomar, não se percebe como é possível, não se vislumbrar qualquer acção por parte do executivo, em promover condições efectivas e objectivas, que alterem a triste realidade do concelho, em termos de segurança.
É verdade que um dos vereadores do executivo, disse que os graves acontecimentos ocorridos nas festas de verão do concelho “eram brincadeiras de adolescentes”... pois... sem comentários.
Todos sabemos que a Câmara Municipal de Tomar não é a PSP, nem a GNR, mas ao abrigo da lei (Lei no 106/2015, 1a alteração à Lei no 33/98), é a responsável por promover reuniões através do Conselho Municipal de Segurança, que tem como funções prevenir e criar condições de segurança para toda a população do concelho de Tomar e seus visitantes.
O que é certo e uma triste realidade, é que a insegurança está presente e a população continua com o receio de ser a próxima vitima. São os idosos nas aldeias, são as pessoas das festas de verão, são os jovens que saem à noite, são os estudantes à saída das escolas, enfim... somos nós...a providenciar e a torcer...para que um qualquer grupo, seja qual for a sua origem, não lhe apeteça, fazer mal...sem qualquer tipo de escrúpulos....nós não queremos ser vitimas...nós somos cidadãos de pleno direito.
Também é verdade, que não existe policiamento de proximidade na cidade, não se sabe porquê, será falta de meios ou de estratégia, ou será porque é mais fácil, colocar os agentes nas rotundas e atrás dos radares ... espera-se não ser esse o objectivo e o verdadeiro motivo, pois Tomar precisa de muito mais e melhor.
Em 2014 os vereadores do PSD, propuseram à Sr.a Presidente Anabela Freitas, uma reunião urgente, com a tutela, para analisar a hipótese de reforço de efectivos da PSP e da GNR e qual foi a resposta...zero...como é habitual e prática do actual executivo.
Sr.a Presidente Anabela Freitas, reúna lá o Conselho Municipal de Segurança, com muita urgência e tenha um papel activo, pelo menos uma vez, do tipo...”faça você mesmo”....”não deixe que o(s) outro(s) faça(m) por si”...para vermos se as condições de segurança, alteram para melhor...nas freguesias e na cidade. Promova a serenidade dos cidadãos do concelho de Tomar e de quem a visita.
Nós estamos presentes, para contribuir e lutar por um concelho mais seguro, mais sustentado e mais saudável, continuamos disponíveis para dar o nosso contributo, mas para isso, é necessário que a Sr.a Presidente Anabela Freitas e o seu executivo, em representação do partido comunista e do partido socialista, tenham a humildade e a capacidade para acolher outras propostas.
Aguardando, por acções eficazes e objectivas e já agora, pela marcação do Conselho Municipal de Segurança.
                                              *Deputado Municipal – Líder da bancada do PSD

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