Em janeiro aconteceu a queda de um ultraleve do qual resultou um morto (o piloto José Borga) e um ferido grave. E a 20 de setembro, mais duas pessoas perderam a vida na queda do ultraleve em que voavam.
Em 2003 também se registou uma vítima mortal na sequência da queda de um ultraleve junto à mesma pista.
Estes números negros estão a preocupar os responsáveis pela aviação ultraligeira.
Álvaro Neves, diretor do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves, num texto publicado no site desta organização, questiona-se, a propósito das oito vítimas mortais em 2015: “porquê? O que vai mal nesta classe? O que fazer?”
Na sua opinião “oito fatalidades é um número elevado para uma aviação que se quer segura para se disfrutar do prazer de voar”. “Provavelmente teremos todos de parar de voar. Um período de reflexão, de 6 meses, talvez seja a solução, para que todos entendam que o GPIAA já não sabe o que fazer para prevenir mais mortes”, lamenta.
Álvaro Neves defende a necessidade de se abordar o voo “com uma atitude de respeito e humildade”. Mostra-se preocupado com os pilotos novos, com menos de 300 horas de voo e defende uma maior aposta na formação sobre Fatores Humanos que “faz parte do desenvolvimento do “airmanship”, coisa que não abunda nos pilotos de hoje e não foi desenhado para piorar os registos sobre segurança”.
Acidentes na pista de Valdonas:
20 de setembro de 2015 - Queda de ultraleve no campo de voo de Valdonas, durante 13.° encontro aéreo dos Templários, provocou a morte aos dois tripulantes (Telmo Ferreira, de 29 anos, e Miguel Marques - piloto, de 41 anos)
3 de janeiro de 2015 - Durante aterragem, ultraleve cai na pista de Valdonas provocando um ferido grave (Nuno Castanheiro) e um morto (o piloto José Borga, de 51 anos)
Julho de 2010 – Ultraleve cai numa vinha entre a pista de Valdonas e a A13. Não houve feridos
Fevereiro de 2003 – Ultraleve cai no quintal de uma vivenda junto à pista de Valdonas. Pai e filho eram os ocupantes. O pai ficou ferido e o filho acabou por morrer dias depois do acidente.
ULM’s seguros o suficiente para, apenas, o poder matar
Acidentes com aeronaves causaram oito mortes desde o início do ano
a aviação ultraleve é um hobby caro com custos de manutenção elevados decidindo os pilotos eles próprios fazerem a própria manutenção em vez de ser um técnico especializado a fazer para cortarem custos e isso é um erro que pode ser fatal. Deveria ser obrigatório um livrete com dados das inspeções técnicas e manutenção feitas por um professional habilitado.
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