quarta-feira, 15 de julho de 2015

Opinião: Néscios, cabotinos e outros incapazes

No rescaldo dos Tabuleiros
É inerente à espécie: néscios, cabotinos, incompetentes e outros incapazes nunca se reconhecem como tais. Má vontade? Que não! Apenas uma evidência. Para designar uma coisa é preciso reconhecê-la antes. E essas lamentáveis criaturas não se reconhecem como tais. Não têm capacidade mental para tanto.
De mero cortejo de oferendas em séculos anteriores, a Festa dos tabuleiros passou nos anos 50 do século passado a homenagem a uma autarquia e um regime não eleitos, assim se mantendo até ao 25 de Abril. Com os presidentes de câmara escolhidos a dedo em Lisboa a presidirem também à comissão central tabuleiresca. Não fosse o diabo tecê-las...
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, conforme sentenciou Camões, que não era de todo cerebralmente zarolho. Pouco a pouco a também pomposamente designada Festa Grande de Tomar transformou-se numa lamentável feira de vaidades. Durante os desfiles, até os próprios cabotinos e outros vaidosos desfilantes batem palmas a si próprios, para gozo dos forasteiros, que nunca tal coisa viram alhures.
Nestas condições, para que serve agora a festa? "É um grande cartaz turístico que dá a conhecer Tomar", dizem os seus defensores. Lá isso é, lá isso dá, temos de reconhecer. No rescaldo dos tabuleiros 2015, são aos milhares as mensagens sobre Tomar nas redes sociais. Aldrabões, vigaristas especuladores, ladrões, incompetentes, mal criados, os tomarenses e os organizadores da festa são severamente vergastados. Péssima propaganda portanto. Execrável cartaz turístico por conseguinte.
Para arrecadarmos umas largas centenas de milhares de euros? Pois nem isso. Extraordinário exemplo de trabalho comunitário e de empenhamento cívico mal direccionado, os tabuleiros afinal só não dão prejuízo porque há sempre o cuidado de escamotear grande parte dos custos. Para que tudo possa continuar na mesma, mudando apenas qualquer coisinha.
Desta vez, com bênçao excessivamente prolongada e um descanso demasiado longo, o cortejo durou mais de 4 horas. Ainda havia tabuleiros na Rua Manuel de Matos e já dezenas de autocarros com forasteiros iniciavam a viagem de regresso. Muitos protestando contra a incapacidade tomarense e jurando que nunca mais cá voltam. Até à próxima festa, com os participantes do costume batendo palmas a si próprios.
E lá se perdeu mais uma oportunidade de arrecadar larguíssimos milhares de euros. E se reforçou uma péssima imagem da Nabância e dos nabantinos....
Não há piores cegos que aqueles que não querem ver.
                                                                                       Um cidadão tomarense

32 comentários:

  1. Existem sempre opiniões negativas e positivas quando existem eventos. Cada um tem a sua opinião. Por exemplo como participante da festa não percebo qual o mal de batermos palmas, não o fazemos por puro egoismo mas sim pelo entusiasmo que levamos por irmos lá dentro e em todas as festas ouço sempre a dizerem que vão sempre autocarros mais cedo. E já agora como tomarense acho que devemos sentir orgulho na nossa festa porque somos nós que a fazemos, cidadãos comuns que pagam impostos!

    ResponderEliminar
  2. Participei uma vez mais no desfile da festa dos tabuleiros, e este ano foi a vergonha total... concordo com quase toda a totalidade do testo, contudo a questão "batendo palmas a si próprios" a meu ver é má interpretação ou pelo menos eu vejo a questão como puxar pelo publico para que este ajude de forma motivacional as raparigas, pois o rapazes pouca fazem a não ser ver (contra mim falo). Houve coisa muito mal feitas.. os tabuleiro em si estavam uma vergonha, a organização pecou em vários aspectos, os tempo foram demasiado longos, etc. Mais uma vez foi uma feira de vaidades, sejam elas politicas, militares e Religiosas.. esta ultima a meu ver pior que as forças politicas... mas é um desabafo, pois espero daqui a 4 anos estar lá novamente, a representar a "minha" freguesia e as pessoas da mesma, o resto será como de costume...

    ResponderEliminar
  3. Numa palavra acho este texto lamentável, é de uma falta de carácter e de coragem pois o autor ou autora não se identifica. Acho que a pessoa que aqui escreve não sabe nem sonha aquilo que uma festa como esta implica, mas também não deve querer saber. Os autocarros vão e vem e quem organiza as excursões sabe que o cortejo começa as 16h para que marcar regresso as 17h30? Fica a pergunta.Aqui não ganhamos milhares, até porque aqui todos trabalhamos de forma voluntària e a câmara nada tem a haver com os elementos da comissão, caso não saiba o Mordomo é eleito pelo POVO um ano antes da festa quando se decide se se realiza ou não a Festa.

    ResponderEliminar
  4. Não subscrevo o texto na íntegra, mas partilho do sentido e em certos aspectos poderia ir até um pouco mais longe. Feira de vaidades, sim! Travestida de tradição que a história desmente. Faz muito bem em relevar o empenho e contributo de muitíssimos populares anónimos porque é a verdadeira riqueza da festa.
    Nunca como nesta edição a Câmara "meteu a Comissão Central no bolso" e usurpou poderes que a tal "tradição" - a que vem de há muitos anos - atribui à equipa que o mordomo escolhido pelo povo, convida. Nesse sentido e ainda com muitos dados por conhecer, parece-me evidente que João Victal tem todo o mérito no que de bom foi possível fazer, mas não pode voltar a acontecer termos um mordomo que simultaneamente seja funcionário da Câmara.
    Estou, como escrevi antes, à espera de ter mais alguns dados, mas a forma como esta Câmara "se serviu" da festa é inaceitável, esta não é uma qualquer festa medieval ou festival de estátuas, quer-se que seja a Festa de Tomar.

    ResponderEliminar
  5. quem organiza os asseios nesta festa devem ter em comnta os atrasos!!!
    afinal onde não existe atraso!!!
    foi linda a festa

    ResponderEliminar
  6. Acho lamentável publicarem estes textos nas redes sociais!!! E agora deixo aqui a pergunta, o que é que o senhor(a) fez para melhorar a Nossa Grande Festa? Tenho a certeza que nada!!! É muito mais fácil criticar o trabalho dos outros, do que tentar fazer melhor!!!

    ResponderEliminar
  7. É triste ler isto. Foi a primeira vez que levei um tabuleiro e adorei fazer parte desta festa. É vaidade querer levar o tabuleiro mais bonito? Talvez mas é isso q torna a festa mais bela. Quanto aos aplausos dos nossos rapazes se não fossem eles a entusiasmar o publico e a dar força a nós raparigas de certeza q 5km com 10kg a cabeça tinha custado muito mais.

    ResponderEliminar
  8. falar escondido no anónimo é fácil

    ResponderEliminar
  9. falar escondido no an´nimo é fácil

    ResponderEliminar
  10. É um texto de opinião, só lamento é o autor não ter coragem para se identificar e se esconder atrás do anonimato para dizer o que bem entende.
    É destes corajosos que a festa precisa em 2019, para corrigir os erros e as vaidades segundo diz.

    ResponderEliminar
  11. Que literatura espertalhaça têm estes cidadãos. Sempre prontos a atacar quem é e faz os outros felizes. Donos da verdade e da prosápia... Mas nada fazem pela cidade e pelos seus concidadãos.

    ResponderEliminar
  12. Incrível como a capacidade crítica de certas pessoas consegue ultrapassar qualquer limite. Como cidadão tomarense, pertencendo a esta festa há 12 anos, cada vez mais tenho orgulho. Sim batem palmas a si mesmo, pois claro! Eu como acompanhante de tabuleiro tenho orgulho na minha parceira, bati palmas? Claro que bati. Tempos longos? Se fosse você a levar o tabuleiro nos cornos (falando em português bem corrente, e não tirando valor dos tabuleiros) diria que o pouco tempo que parou Vale Ouro. Não é você que anda cansado de enfeitar ruas, nem stressado com os cortejos... vergonhosa esta crítica. Não usem a festa para criticar quem nela participa, pelos vistos pretendem atingir a comissão, cada um tem os seus motivos! Eu participo por orgulho na cidade que tenho!

    ResponderEliminar
  13. Concordo totalmente com a "Feira de vaidades", no entanto reza a tradição que esta é uma festa de ricos e pobres em que não há qualquer distinção... :) deixem lá o povo assistir à festa, como canta o José Cid "Veio a gente da gleba para enfeitar a cidade/O vinho correu à farta/O vinho correu à farta/Mas nesse reino quem tinha olho era rei...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Em vez de criticarem por tudo e por nada façam melhor

      Eliminar
  14. Do contraditório, pode nascer a ´luz´!
    Por que não, opiniões diferentes?!...
    Só enfia a carapuça a quem ela servir; essa é que é essa!
    (Ofensas é que não!).

    ResponderEliminar
  15. Parece-me ser uma opinião legítima. Polémica, é certo.
    Extrema. Focada no negativo.
    Poderia ser útil para mudar alguma coisa.
    Gostava de a ver assinada.
    Assim, é só mais um texto sem rosto nem carácter. Aventado. Para esquecer.

    ResponderEliminar
  16. Concordo com tudo o que esse senhor(a) disse, cada vez que há a festa dos tabuleiros e que certas pessoas se preocupam com a nossa cidade, poderia dizer que seria por interesse, para se mostrarem, porque nos outros anos minguem os vê.a festa dos tabuleiros era uma festa do povo, agora e uma festa de ricos e exibicionistas que se gostam de pavonear a dizer que se não fossem eles a festa já não existia. existem pessoas no anonimato que se fartam de trabalhar e perder noites de sono e descanso para no fim os que nada fazem levarem os louros, isso e que não esta bem

    ResponderEliminar
  17. Opinião: intelectuais, invejosos, mesquinhos e outros incapazes

    A opinião é livre, (felizmente), a critica também, mas a ofensa NÃO, e eu como tomarense sinto-me ofendido com este artigo. Ainda por cima escrito por um pseudo Tomarense que se esconde no anonimato. Quando se é pequenino e mesquinho, sofre-se com o sucesso dos outros, e aqui parece-me ser o caso.
    A festa tem algumas coisas a melhorar? Claro que sim, mas é a festa do povo, para o povo, e o povo bate palmas, quando gosta, e apupa quando não gosta, (não tem sorrisos cínicos, nem abana a cabeça, á passagem do Sr. doutor).
    É a festa da partilha entre todas as pessoas, é a festa de uma cidade, que com todas os defeitos e todas a virtudes, muito me orgulho.
    Assinado
    Carlos Manuel César Santos

    ResponderEliminar
  18. Quem escreve em anónimo só pode ser um grande cobarde. Pois se não o fosse identificava-se. Quem não deve não teme.

    ResponderEliminar
  19. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  20. Há pessoas que não querem ver e outras que não querem perceber. Há também quem queira saborear o lado bom e bonito da vertigem. Acho que tudo isso é perfeitamente legítimo e ninguém pode levar a mal.
    Não queiram no entanto obrigar toda a gente a assumir essa atitude. Obviamente que quando se fala de palmas não se está a referir ao Cortejo dos Tabuleiros, mas sim a outros momentos da festa, a tal feira de vaidades, em que muitos dos que desfilam não sabem sequer o significado desse momento (acontece nas saídas das coroas por exemplo) ou então e também aqueles que por exemplo se recusam a entrar na Igreja e a assistir à missa da benção das corroas e dos pendões e depois estão à porta, à saída da missa, à espera para ocuparem lugar na primeira fila do cortejo. Se não é feira de vaidades é o quê? A presidente da câmara não fez isto sistematicamente? Tem medo que o tecto da igreja lhe caia em cima? Não é obrigada a ir à Missa? Claro que não, nem a professar a fé, mas então vai desfilar para quê? Em honra de quem? A passar que mensagem?

    ResponderEliminar
  21. Quanto aos larguíssimos milhares de euros perdidos...Só para ver a grandiosidade da especulação e os preços oportunisticamente praticados no dia do cortejo principal em estabelecimentos de restauração e cafetaria e o desrespeito total pelas tabelas de preços em vigor habitualmente nesses estabelecimentos daria concerteza muito pano para mangas...Resta a questão: onde pára a fiscalização nestes dias...Haja seriedade. Quanto há festa propriamente dita, os meus parabéns pela excelente organização e trabalho que mais uma vez toda a equipa (comissão e participantes) revelaram.

    ResponderEliminar
  22. Que maravilha! Quem escreveu o texto inicial é cobarde porque não assinou. Dizem alguns comentadores que por sinal também não assinam. O velho cinismo beato: Façam o que eu digo, não olhem para o que eu faço. Só mesmo em Tomar. A demonstrar que não há palermas só em Palermo...

    ResponderEliminar
  23. Não sendo natural de Tomar, mas sentido o orgulho que muitos nabantinos não sentem, não posso deixar de sublinhar que na minha opinião, o muito que li para trás, deixa de fazer qualquer sentido quando as pessoas se escondem por trás de uma foto anónima.
    Quando queremos criticar com convicção de que estamos certos do que escrevemos, damos a cara, mais não seja o nome... assim somos "alguém" a quem pode ser atribuida credibilidade.
    Assim sendo e sentindo-me filho da terra pelos 28 anos que as ruas de Tomar me viram crescer, não posso deixar de lamentar o "tom" extremamente improprio para uma festa que com todos os seus defeitos, foi feita e levou o nome da cidade aos 4 cantos do mundo. Os tempos são de crise, mas a festa saiu à rua.
    Mais de um milhão de pessoas estiveram no domingo em Tomar... qualquer coisa como mais de 20 estadios da Luz completamente esgotados . Qual é a festa que num só dia invade toda a cidade com um milhão de pessoas? Foi bom para a economia da cidade e dos comerciantes ? Foi, apesar de alguns abusos, mas que acontecem em todo o lado, se nao vejam quando vão para a praia quanto pagam por uma água ou um café... e nao reclamam.
    Sobre as palmas, será do mais mediucre que li , uma implicancia mesquinha , pois na minha opinião, que vi o cortejo, interpretei as palmas como um agradecimento de quem participava no desfile para o público que esperou horas para os ver passar. Sobre os que iam no desfile das coroas, acredito que o ambiente envolvente os leve a bater palmas, em agradecimento ou simples afecto pela festa.
    É por pensamentos e criticos de bancada como alguns que por aqui identifico da familia dos Anonimos, que a cidade de Tomar cai a cada dia num autentico cenário de "cidade de aluguer".
    Tem que ser os de fora a darem vida á nossa cidade, porque os de cá preferem ficar na esplanada a criticarem se a presidente vestiu duas vezes a mesma roupa, se está de sabrinas , se o beberete custou 10 mil€... chega de tantos "Velhos do Restelo" com todo o respeito aos protagonistas da expressão. Ajudem a cidade , ajudem quem a governa bem ou mal , dando sugestões, arregaçando as mangas... Não sou natural de tomar , mas sim de Coimbra , mas há muitos anos que em todo o lado onde a minha profissão me leva ou nas entrevistas que dou, que me identifico como Tomarense... orgulho na cidade, mas com tristeza sobre algumas pessoas que nela apenas vivem para envenenar o ar.
    Esta é apenas a minha opinião com nome e fotografia.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. concordo plenamente com o que foi dito, em vez de criticarem ajudem a fazer melhor porque muitos preferem o anonimato em vez de dar a cara .criticam por tudo e por nada .os de fora criticam por inveja mas quando vamos às zonas deles os preços não diferem muito dos praticados na nossa cidade ,por vezes em certos produtos são muito superiores.e os ditos Tomarenses em vez de criticarem ,ajudem para daqui a quatro anos ser ainda melhor do que este ano porque foram meses e meses de muito trabalho para que a festa fosse o melhor possível não imaginam o trabalho que as ruas dão a serem ornamentadas e que os tabuleiros demoram até serem construídos.

      Eliminar
  24. Já participei no cortejo há 4 e 8 anos. Nesta vez fiquei como espectador, embora com convite feito para integrar o cortejo. Tive amigos de fora da terra que me vieram pedir conselhos antes de cá se deslocarem e que posteriormente me vieram dar feedback.
    Continuo com a mesma opinião sobre o evento, e mais, suportado pelas opiniões de quem depois me veio dar os parabéns, a mim, que nem na festa participei, mas que me encheu de orgulho, enquanto Tomarense.
    As ruas mostraram bem o trabalho dos moradores que colaboraram nas decorações, os tabuleiros e os participantes já só estão limitados pelo espaço. Tudo se mostrou á altura da festa, mesmo com as contingências económicas e sociais que se vive.
    Ouvi apenas falar, negativamente, de falta de locais de venda de comida, mas qual é o espanto, quando se vai para um local onde a afluência de pessoas é maior do que o normal? Certamente, quando se vai com a família à praia, não há o esquecimento da marmita ou mochila com as águas e as sandes. Desta vez até nem parece ter havido grandes contingências de corte de acesso à cidade, pelo que a entrada sul esteve sempre aberta ao trânsito, apesar de na véspera, nos ter sido informado por um agente que a entrada estaria interdita desde as 08:00 da manhã, no domingo.
    Continuo orgulhoso nas gentes da minha terra que se juntam por causas nobres como esta (porque o esforço e o voluntarismo é mais que muito) e que se lixem as opiniões e actos políticos que surgem por arrasto e os negativismos.

    ResponderEliminar
  25. E O PÃO DEITADO AO RIO?
    E A NÃO PARTICIPAÇÃO DAS TELEVISÕES?
    E O MORDOMO FUNCIONÁRIO DA ADIRN E DA CMT?
    E A COBERTURA TELEVISIVA DA TOMAR TV?
    E OS CAFÉS A PREÇOS EXORBITANTES?
    Não se mude nada que assim está muito bem.

    ResponderEliminar
  26. Criticar é tão fácil, agora colocar mãos à obra é que é difícil...
    Se ao menos as críticas fossem construtivas!!!!

    ResponderEliminar
  27. QUE SE ENTREGUE TUDO PARA A ADIRN, ELES SABEM DESENVOLVER A CIDADE.

    ResponderEliminar