Os funcionários do município com 30 anos de serviço recebem insígnias municipais.
Mas porquê a atribuição da medalha de ouro da cidade àqueles quatro nomes de Tomar? Vejamos os fundamentos que a câmara apresenta para cada um.
Quinta do Bill
“Considerando a proposta apresentada pelos senhores vereadores do PSD e a posterior deliberação da câmara municipal de 12 de marco de 2014 e, havendo um acordo entre todos os partidos representados na câmara municipal, em relação a esta justa homenagem;
Considerando que os Quinta do Bill são um Grupo Musical português, de folk rock, constituído em 1987 pelos tomarenses Carlos Moisés e Paulo Bizarro, devendo o nome à quinta de Guilherme Delgado (o Bill), em Valonas, primeiro local de ensaios, tendo por isso mais de 25 anos de carreira;
Finalistas nesse mesmo ano do conceituado concurso de música moderna do Rock Rendez-Vous, gravariam desse modo o seu primeiro tema numa coletânea. Em 1990 venceram o concurso Aqui Del’Rock, graças ao qual gravaram o primeiro álbum, “Sem Rumo”, em 1992.
Considerando que a Banda “Quinta do Bill” tem demonstrado que é possível se impor às grandes bandas de Lisboa e Porto, com maior apoio logístico e empresarial, sendo assim um exemplo para os vários músicos da nossa região, de grande qualidade, que se vêm afirmando ao longo destes anos.
Mas foi “Os Filhos da Nação”, em 1994, que catapultou a banda para o sucesso. Para além do disco de ouro pelas vendas do álbum, e de dois anos a percorrer o país de lés-a-lés com concertos, o tema título do disco transformar-se-ia numa das canções mais populares do país, hino de uma geração e até de um clube de futebol.
Considerando também a grande discografia, compilação e atuações ao vivo que este Grupo Musical tem vindo a desenvolver ao longo dos mais de 25 anos de carreira, deixando sempre o nome de Tomar bem vincado, não só por Portugal, como também além fronteiras;
Seguiram-se vários discos que marcaram igualmente um lugar de relevo na música portuguesa do virar do século aos nossos dias, e em que a ligação a Tomar nunca foi esquecida.
Sendo certo que tem contribuído decisivamente para a afirmação da música e da língua Portuguesa e promoção e divulgação do concelho de Tomar.
A banda “Quinta do Bill” é assim um motivo de orgulho não só para todos os Tomarenses, como também para todos os portugueses, pela importância que tem imprimido à cultura nacional.”
Café Paraíso
“Considerando que no dia 20 de maio de 2011, o Café Paraíso em Tomar completou 100 anos, tendo passado assim a integrar o muito restrito grupo nacional dos cafés centenários.
Considerando que, embora um espaço comercial, o Café Paraíso assume para a cidade bem mais uma importância social e cultural - e também turística -, sendo uma âncora de excelência do centro histórico.
Considerando que o Café Paraíso resistiu às adversidades do tempo e às tentações fáceis de descaracterizações “modernizadoras”, simbolizando por isso também a valorização do património, seja ele o arquitetado, bem como a vivência do mesmo.
Considerando que o Café Paraíso é, por essa vivência social, um marco indelével do século XX nabantino, mas mais que o transato, representa igualmente aquela que deve ser a capacidade tomarense de conciliar as memórias do passado com a acão pensada para o presente e futuro, estímulo e exemplo por isso para outros espaços, e para a capacidade de outros empresários e empreendedores.”
António Antunes da Silva (prof. Toneca)
“António Antunes da Silva, conhecido por todos em Tomar como “Toneca”, nasceu a 13 de julho de 1949, nesta cidade.
Foi Professor de educação física e dirigente associativo, o seu nome ficou também indelevelmente ligado à História da música pop portuguesa como elemento do mítico grupo Filarmónica Fraude.
Foi guitarrista e cantor na banda que, em 1969, gravou o álbum “Epopeia” o primeiro registo conceptual nacional com letras inteiramente em português, e que chegou a originar uma disputa entre editoras inédita até então. Após décadas afastado dos palcos, voltou a juntar-se com os
membros da Filarmónica Fraude em 2009, com vários concertos e registando o material inédito do CD que acompanhou a edição de “E Tudo Acabou em 69”, o livro de Rui Miguel Abreu sobre o grupo, em 2013.
Entre as duas vidas da Filarmónica, enveredou pelo ensino de educação física e seria um dos responsáveis pelo sucesso nacional e internacional dos praticantes de trampolins tomarenses, primeiro na Sociedade Filarmónica Gualdim Pais, depois no Ginásio Clube de Tomar, de que foi um dos fundadores.
Faleceu aos 65 anos, em 5 de Setembro de 2014, deixando a Tomar um legado único.”
Manuel Mendes
“Manuel de Oliveira Mendes, nascido 8/5/1955, foi funcionário do Município de Tomar, entre 2/11/1981 e 28/2/2014, tendo passado à aposentação como bombeiro profissional.
Foi bombeiro desde 31/12/1975, no Corpo de Salvação Publica, fazendo carreira até ao posto de chefe, entrando para o comando como adjunto em 19/12/1997, sendo comandante dos já Bombeiros Municipais de Tomar, entre 24/2/2002 e 31/1/2015.
Foi agraciado com as seguintes condecorações pela Liga dos Bombeiros Portugueses: medalhas de cobre (1980), prata (1985) e ouro (1990, 1995, 2011) de assiduidade, crachá de ouro (2011).
É formador reconhecido pela Escola Nacional de Bombeiros e pelo INEM de salvamento e desencarceramento e de socorrismo.
Teve louvores atribuídos pelo Comandante do Corpo de Salvação Publica de Tomar, em 1988 e em 1997.
Recebeu a Medalha de cobre do Instituto Nacional de Sangue, em 1985.
No decurso dos seus mais de 39 anos de bombeiro, quase 13 como Comandante dos Municipais de Tomar, desempenhou inúmeras missões de reconhecido mérito, no concelho de Tomar e no País, na área dos bombeiros e proteção civil, os quais engrandeceram superiormente os bombeiros e o concelho de Tomar.
É pai de dois filhos, também eles bombeiros nos Municipais de Tomar.
Hoje, continua a exercer funções nos Bombeiros Municipais de Tomar, como oficial bombeiro, prolongando assim a sua missão humanitária, muito para além do que lhe seria exigido.”
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