O encontro decorreu na Golegã |
Foi um dia rico, dirigido com a mão férrea de Alves Jana, antigo dirigente da Associação Palha de Abrantes, e que permitiu que se tratasse de assuntos vários que preocupam os historiadores da história local.
A cultura avieira foi alvo de animada discussão sobre as festividades e os locais onde ainda existe a cultura avieira ou os seus vestígios e que ainda hoje pululam no Rio Tejo, das Mouriscas a Vila Franca de Xira.
Mas a História Local e os seus estudiosos debatem-se com problemas variados como sejam a dispersão das fontes documentais. Também as fotos e a cartofilia foram mencionadas dado serem um manancial de informação precioso.
As publicações que as autarquias editam são sempre acolhidas com satisfação mas a sua distribuição e os locais de compra resultam num problema pois os locais variam de câmara para câmara.
A actualidade foi igualmente objecto de atenção dado que muita da informação tem agora origem, difusão e arquivamento digital dependendo os amantes da história, da Memória e Identidade Colectiva, dos computadores e da boa conservação dos ficheiros e dos equipamentos que os reproduzem.
Se são estes investigadores que recolhem e preservam a identidade colectiva, a verdade é que nem sempre são reconhecidos como estando a prestar um serviço à população sendo por vezes olhados como forças de bloqueio e oposição. Neste ponto houve a necessidade de falar no papel que cabe às autarquias no sentido de apoiar o trabalho de investigação e preservação da memória colectiva.
Foi ainda dada atenção às bibliotecas privadas que são na sua maioria mal conhecidas e por vezes detentoras de um espólio riquissimo. Aliás, três das maiores bibliotecas privadas do País estão localizadas no Ribatejo. E este último considerando levou a uma derradeira questão que é o que fazer com os bens dos historiadores de História Local após a sua morte.
Atendendo à riqueza da temática pensa-se já em futuros encontros.
E.J.
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