O tribunal de Tomar condenou hoje a 18 anos de prisão Vasco Freitas, autor confesso do homicídio da sua companheira, crime ocorrido a 10 de março de 2013 em Pelinos, Olalhas.
Os três juízes que compunham o coletivo confirmaram a acusação de homicídio qualificado e não tiveram contemplações na aplicação da pena apesar de o arguido confessar o crime, pedir perdão e não ter antecedentes criminais.
Na leitura do acórdão a juíza-presidente Cristina Sousa, sublinhou a “extrema violência” do crime e a “grande perversidade” revelada pelo arguido.
A juíza aproveitou para enquadrar o crime no tema atual da violência doméstica lembrando que nos últimos dias três mulheres foram mortas pelos seus companheiros.
“Quem ama, cuida e protege, não mata, sr. Vasco”, disse a juíza ao arguido que manteve sempre o olhar cadisbaixo.
Para os juízes o homicídio foi “ponderado e refletido” e não resultado de fatores circunstanciais.
Carina Fernandes, de 25 anos, morreu estrangulada por asfixia. Depois de uma discussão com agressões mútuas, o seu companheiro, de 30 anos, atou-lhe um fio ao pescoço e pendurou-a numa porta.
Na prisão, Vasco tem acompanhamento psiquiátrico e está medicado.
Além dos 18 anos de prisão tem de indemnizar a família da vítima no montante de 125 mil euros, cerca de um terço do pedido de indemnização apresentado que era de 350 mil euros.
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