O Tribunal da Relação de Coimbra deu razão ao recurso do Ministério Público que defende a condenação de Carlos Mata também pelo furto dos dois telemóveis de João Perisco, além da condenação por homicídio e profanação de cadáver.
Os juízes desembargadores entenderam que, de facto, os telemóveis foram furtados à vítima, pelo que Carlos Mata deve ser condenado por esse crime, aliás, o único crime confessado pelo arguido no tribunal de Tomar. Depois do homicídio, Carlos Mata roubou os telemóveis de João Perisco e enviou mensagens para várias pessoas simulando que a vítima ainda estaria viva.
A pena do tribunal pelo furto é de nove meses, mas, de acordo com a lei e tendo a as outras condenações, a pena é fixada em três meses.
Quanto ao recurso de Carlos Mata, através do seu advogado, António Velez, de Abrantes, o Tribunal da Relação não aceitou os argumentos. No recurso de mais de 100 páginas o advogado apresentava vários argumentos que punham em causa a investigação da Polícia Judiciária e a decisão do tribunal.
Além da condenação a 20 anos e três meses de prisão Carlos Mata tem de pagar uma indemnização de 110 mil euros aos pais de João Perisco.
Carlos Mata, trabalhador na fábrica de madeiras Rimarbal e treinador do Sport Clube de Ferreira do Zêzere, matou o seu amigo João Perisco em abril de 2012 na zona industrial de Tomar. De seguida desfez-se do corpo mas a sua informação de que lançou o corpo ao mar da praia do Norte na Nazaré nunca convenceu nem inspetores da Polícia Judiciária nem juízes.
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