O jovem que em fevereiro de 2010 lançou fogo no terminal da rodoviária de Tomar destruindo quatro autocarros foi condenado hoje pelo tribunal por outros crimes de incêndio.
J.R. Lopes, de 27 anos, morador na Torre (Casais – Tomar) foi condenado a seis anos de prisão efetiva por, na madrugada de 22 de Novembro de 2012, ter lançado vários fogos ao longo da EN 110, estrada de Coimbra.
Os juízes do tribunal coletivo de Tomar deram como provados os crimes de incêndio num Mitsubishi, em Calçadas, bem como num Mercedes que estava num stand na mesma zona.
O rapaz também foi condenado por ter ateado fogo a restolho e a um canavial junto à estrada. Foi absolvido dos crimes de incêndio noutra viatura destruída, de marca Renault, pertencente ao mesmo stand, bem como do incêndio no quadro elétrico de um prédio na praceta Raul Lopes em Tomar, local onde foi detido quase em flagrante pela PSP.
Os donos das viaturas danificadas não apresentaram queixa pelo que não houve lugar a indemnizações.
Os incêndios foram provocados de forma sucessiva conforme o rapaz se ia deslocando a pé desde Alviobeira até Tomar.
“Ser incendiário é muito pior do que ser gatuno”, disse o juiz-presidente Nuno Gonçalves ao rapaz que tinha confessado os crimes quase na totalidade. “O senhor anda a prejudicar gravemente as pessoas. Já teve todas as oportunidades.”
O juiz referia-se à pena suspensa que lhe tinha sido aplicada (cinco anos de prisão) pelos incêndios nos autocarros no terminal da rodoviária de Tomar.
Agora, J.R. Lopes vai ter de cumprir estes cinco anos de prisão do primeiro caso e mais os seis anos a que foi hoje condenado.
A assistir à leitura do acórdão estava a mãe adotiva do rapaz que chorava pelo filho e por não ter dinheiro para o ir visitar à prisão.
Preso preventivamente em Leiria desde o dia dos incêndios, 22 de Novembro de 2012, J.R. Lopes vai continuar preso nos próximos anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário